Brazil

Brasil deveria encontrar novos mercados para soja além da China, diz ministra

Compartilhe esta notícia

Segundo Tereza Cristina, volumes vendidos ao país asiático estão além ‘do que a prudência diz’. Ela defendeu a busca por outros clientes e a venda de produtos de maior valor agregado.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse nesta quinta-feira (10) que o Brasil exporta soja para a China “mais do que a prudência diz” e que o país deveria apostar também em vender o produto para outros mercados.

“Não podemos ficar nessa acomodação de que vamos vender [soja] só pra China”, afirmou a investidores em evento em São Paulo. A ministra lembrou ainda que o volume exportado para o país aumentou com a guerra comercial entre chineses e americanos e que esse efeito é temporário.

O Brasil é líder mundial em exportação de soja, à frente dos Estados Unidos, e a China é seu maior cliente. Para Tereza, país poderia vender o grão também para outros países asiáticos.

De janeiro a agosto deste ano, as vendas do complexo soja (farelo, óleo e grãos) para os chineses movimentaram US$ 15,11 bilhões, o equivalente a 72,3% do que o país asiático comprou de produtos agropecuários do Brasil em 2019.

Em 2018, as vendas do complexo soja para os chineses movimentaram US$ 27,43 bilhões, com o embarque de 68,87 milhões de toneladas. Isso é mais que 80% do que o Brasil exportou no ano passado (83,8 milhões de toneladas).

Menos dependência de ‘commodities’

Para Tereza, além de conquistar novos mercados, o país deveria se tornar menos dependente da exportação das chamadas “commodities”, que são produtos primários, de baixo valor agregado, como são exportados em grandes quantidades as principais culturas do país, como milho e café, além da soja.

“Podemos ousar muito mais, temos que sair das ‘commodities’ e agregar valor”, disse. “Temos que vender mais óleo, mais margarina, carnes mais processadas, carnes mais nobres”, completou.

A ministra defendeu ainda a consciência de que, para ter relevância no comércio internacional, o Brasil também precisa ceder.

“Acabamos de prorrogar uma cota de [importação de] 600 milhões litros e etanol com os EUA para 750 milhões. O Brasil hoje exporta muito e importa muito pouco.Se quisermos ser grande player, temos que pensar que é uma via de mão dupla”, disse.

Acordo UE-Mercosul

Sobre o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, que tem sido contestado pelo setor agrícola de alguns países europeus, sobretudo da França, Tereza Cristina disse que é muito cedo para dizer se ele será ou não aprovado pelos parlamentos (veja próximos passos).

“Os produtores franceses, irlandeses, têm a percepção de que o acordo vai trazer redução de mercado, que nós somos mais competitivos e que nós vamos trazer problemas para eles. Mas acordo é acordo. Tem coisas e boas e coisas ruins”, afirmou.

Entenda o que está em jogo para o agronegócio

Para a ministra, o Brasil é “uma potência ambiental, apesar de no momento isso estar sendo questionado”. Ela afirmou que o agricultor brasileiro é um aliado da preservação ambiental porque sabe que isso afeta a recepção internacional de seus produtos.

FONTE: G1

últimas notícias no Comércio Exterior

solicitar atendimento

vamos conversar sobre Comércio Exterior ?

services for companies outside Brazil

informe seu número do WhatsApp 

como prefere falar conosco

?

prefiro o rápido WhatsApp

pelo tradicional telefone

ligações do Brasil horário comercial

liguem no meu número

vamos começar tudo por