Líder na produção de fonte renovável no mundo, empresas chinesas têm presença cada vez mais forte no mercado brasileiro, impulsionando o segmento de energia solar fotovoltaica.
O Brasil é uma mina de ouro para os chineses em relação à energia solar. Com domínio da produção mundial de fonte renovável, a China tem acelerado significativamente as vendas de equipamentos de energia solar no território brasileiro. E esse interesse é percebido também em eventos do setor, como a Intersolar South America, maior feira da América Latina do segmento, ocorrida no final de agosto, que contou com a forte presença de uma série de fornecedores chineses e também de um grande público de potenciais clientes, atraídos pela constante queda de preços dos painéis fotovoltaicos.
“O Brasil está entre os cinco mercados globalmente mais atraentes para a China”, disse o diretor-geral da Trina Solar para América Latina e Caribe, Álvaro García-Maltrás. “O País é o mais importante na região, principalmente após o cancelamento de um leilão de renováveis no México, indicando mudanças em suas políticas sob o governo Andrés Manuel López Obrador.”
No primeiro semestre deste ano, a importação de módulos solares pelo Brasil cresceu 24%, o equivalente a 1,26 gigawatt (GW), representando mais de um terço da capacidade hoje instalada da fonte no País. O negócio é liderado pelas chinesas Jinko, BYD, JA Solar e Trina e a sino-canadense Canadian Solar, segundo a consultoria Greener.
Apesar disso, a China reduziu o ritmo de expansão neste ano no Brasil, instalando 11,4 GW em nova capacidade da fonte no primeiro semestre de 2019, ante 24 GW nos mesmos seis meses de 2018 e um recorde de 53 GW no ano de 2017.
“Por enquanto, a China fornece apenas painel, mas essa é uma pequena parte da cadeia. O objetivo é focar em outros elos, que tragam margens maiores para eles”, explicou Larissa Wachholz, sócia da consultoria Vallya.
FONTE: Portal Solar