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Com alta de 30% nas exportações de carne bovina no primeiro semestre, Rondônia recebe técnicos do Rally da Pecuária

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O Rally da Pecuária 2019, maior expedição técnica privada sobre a pecuária bovina de corte no Brasil, chega em Rondônia neste domingo, dia 28 de julho, após avaliar áreas no Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Técnicos da Equipe 4 visitarão propriedades nas regiões de Vilhena, Rolim de Moura, Ji-Paraná, Ariquemes e finalizarão essa etapa na capital Porto Velho, no dia 01 de agosto. Na terça-feira (30/07), ocorrerá o evento técnico gratuito para produtores e profissionais do setor em Ji-Paraná (ver endereço abaixo) que abordará o tema “É tempo de colheita! A pecuária em fase de alta”.

Os técnicos estarão em Rondônia para coletar informações qualitativas por meio do contato direto com produtores e técnicos, e quantitativas, por meio de amostragem de pastos, índices zootécnicos, composição do rebanho, estimativa de confinamento, sistema de gestão e produção, permitindo uma avaliação das produções e realidades regionais.

As exportações de carne bovina de Rondônia, de janeiro a junho de 2019, aumentaram 32% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O volume registrado é de 114,7 mil toneladas de equivalentes carcaça. O estado vem respondendo por 10,5% do total de carne bovina exportada pelo Brasil. Hong Kong, Chile e Egito são os principais clientes da carne rondoniense.

Com pouco mais de 11 milhões de cabeças ou 6,5% do rebanho brasileiro, Rondônia é o sétimo maior rebanho nacional. No abate, responde por 7,8% do total de cabeças abatidas, registradas pelo IBGE durante o primeiro semestre de 2019. A pecuária tem evoluído rapidamente, num ritmo mais acelerado que a média nacional. Em poucos anos, o pecuarista do estado incorporou áreas de agricultura, integração, manejo de pastagens e, principalmente, estratégias de nutrição do rebanho, a exemplo do confinamento, que vem aumentando. Segundo dados da Athenagro, devem passar pelo cocho cerca de 450 mil cabeças em 2019.

A tecnificação da terminação também provoca valorização das categorias mais jovens em relação aos preços dos animais terminados. Segundo Maurício Palma Nogueira, diretor da Athenagro e coordenador do Rally da Pecuária, entre janeiro e julho, a valorização do boi sobre o mesmo período de 2018 no estado foi de 4,5% de até junho, enquanto os bezerros valorizaram 10,5%.

A consultoria também destaca o nível de concentração entre o público do Rally da Pecuária. Enquanto na média do Brasil, a expedição encontrou 20% dos pecuaristas produzindo mais de 18arrobas/hectare/ano, em Rondônia apenas 15% dos produtores entrevistados estavam acima dessa produtividade. Ainda assim, foram responsáveis por 59% do total das vendas.

Há pelo menos quatro edições, a concentração dos produtores é um dos temas mais discutidos nos eventos do Rally da Pecuária. “Nosso objetivo é alertar os pecuaristas para que busquem se adaptar às tendências de mercado”, diz Maurício Palma Nogueira, diretor da Athenagro e coordenador da expedição.

De acordo com dados pré-Rally, estima-se que apenas 7% dos pecuaristas obtém algum lucro operacional na atividade, porém movimentam mais de 50% do rebanho brasileiro. Nessa situação, a tendência é que os produtores mais lucrativos cresçam em detrimento dos que estão em maior dificuldade para registrar bons resultados. “Os preços mais altos favorecem ainda mais essa concentração, visto que pecuaristas com escalas maiores de produção colherão melhores resultados por área em relação ao ano anterior. Os de baixa produtividade, por outro lado, ficarão praticamente na mesma situação”, reforça Nogueira.

A Athenagro, que organiza o Rally da Pecuária junto com a Agroconsult, ainda avalia a tendência de iniciar um novo ciclo de concentração na indústria frigorífica. Com os preços pecuários em alta e o segmento do couro vivendo um momento delicado, os frigoríficos focados no consumo interno de carcaça terão mais dificuldades de operar.

Nesse cenário, as equipes do Rally da Pecuária debaterão com pecuaristas e técnicos para levar informações de mercado, tendências observadas nas últimas edições e buscar informações do campo. Ao todo, ao longo do trajeto das 7 equipes, o Rally da Pecuária terá 8 eventos, além de 14 oficinas da produtividade, encontros e debates com produtores e técnicos ao longo do trajeto. 

ROTEIRO

A expedição técnica concentrará o roteiro em cerca de 50 mil quilômetros nas principais regiões pecuárias de 10 estados: Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Pará, Mato Grosso e Rondônia.

O início das atividades em campo foi no Rio Grande do Sul entre os dias 1 e 6 de julho, quando os técnicos da Equipe visitaram as regiões de Porto Alegre, Pelotas, Dom Pedrito, Alegrete e Santa Maria. A Equipe 2 esteve no Paraná entre os dias 7 e 8, nas regiões de Cascavel e Umuarama, seguindo então ao Mato Grosso do Sul, para avaliar as regiões de Caarapó e Jardim, concluindo a etapa em Campo Grande no dia 12.  A Equipe 3 passou por Cuiabá, Cáceres, Barra do Bugres, Mirassol D´Oeste, Pontes e Lacerda e Comodoro. 

Os técnicos da Equipe 5 começarão os trabalhos em 12 de agosto em Marabá, no Pará, percorrendo as regiões de Xinguara e Redenção. Nos dias 16 e 17, avaliarão a região de Araguaína, no Tocantins.

A partir do dia 18 de agosto, a Equipe 6 estará em Palmas e Peixes, também no Tocantins, seguindo então para Goiás, nas regiões de São Miguel do Araguaia, Mozarlândia e Jussara, finalizando os trabalhos na capital, Goiânia, no dia 24.

A Equipe 7 sairá de Goiânia no dia 2 de setembro, com destino a Minas Gerais, onde visitará áreas em Prata e Iturama. No dia 5, chegará a Barretos e concluirá as atividades de campo em Marília, no dia 6. Até o dia 12 de setembro, serão finalizadas as análises dos dados obtidos em campo.

O Rally da Pecuária é organizado pela Athenagro e pela Agroconsult e patrocinado por Corteva Agriscience, Ourofino Saúde Animal, Bellman Trouw Nutrition, Santander e Amarok / Volkswagen, com apoio do Webmotors, FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), ABIEC (Associação brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), JetBov e GTPS.

FONTE: Planeta Folha

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