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Com exportações aquecidas, Brasil tem 2º superávit consecutivo com o exterior

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Resultado positivo, de US$ 3,840 bilhões, foi impulsionado pelo bom desempenho do setor agrícola e pelo câmbio favorável às exportações

Impulsionado pelo bom desempenho do setor agrícola, o Brasil registrou superávit em sua conta corrente pelo segundo mês consecutivo em maio, de US$ 3,840 bilhões. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 25, pelo Banco Central. Em abril, a conta corrente já havia sido superavitária em US$ 5,359 bilhões.

A conta corrente do balanço de pagamentos reflete a relação do Brasil com outros países nas áreas comercial (exportações menos importações), de serviços (viagens internacionais e aluguel de equipamentos, entre outros) e de rendas (pagamentos de juros e remessas de lucros, entre outros).

A balança comercial foi a principal responsável pelo resultado em maio, com superávit de US$ 8,129 bilhões. O desempenho representa um crescimento de 157,7% em relação ao superávit verificado em maio do ano passado – durante a primeira onda da pandemia do novo coronavírus.

Desde o fim de 2020, o Brasil vem sendo favorecido por um aumento na demanda por commodities em países como a China e, ao mesmo tempo, pelo fato de o dólar se manter em patamares mais elevados ante o real. Isso tem favorecido as exportações e desestimulado as importações.

Para o chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, apesar da queda mais recente do dólar ante o real, que recolocou a moeda americana abaixo dos R$ 5, o fluxo de exportações do Brasil “tem a possibilidade de seguir com recordes” nos próximos meses.

“Esperamos haver comportamentos inversos entre exportação e câmbio, por exemplo. Quando há apreciação cambial, as exportações caem”, explicou Rocha. “Só que essa relação não ocorre de maneira tão direta e tão imediata. Operações de exportações e importações têm prazo bem maior para se concretizarem. No agronegócio, por exemplo, temos sazonalidade em termos de safra”, afirmou.

Nesse sentido, conforme Rocha, as exportações – que vêm sustentando os superávits do balanço de pagamentos – “têm tudo para continuar caminhando bem”. “O dólar mais baixo tende a favorecer as importações, mas isso demanda um tempo”, acrescentou.

Com os resultados positivos mais recentes, a conta corrente brasileira apresenta déficit de apenas US$ 6,213 bilhões no acumulado de janeiro a maio. No ano passado, no mesmo período, o déficit estava em US$ 24,074 bilhões. A expectativa do BC é de que, com as exportações em alta, o Brasil encerre 2021 com resultado positivo na conta corrente: superávit de US$ 3 bilhões.

Investimento estrangeiro

Se por um lado os resultados da conta corrente são positivos, por outro o Brasil ainda mantém níveis mais baixos de Investimento Direto no País (IDP), considerando o passado recente. Em maio, o País recebeu US$ 1,229 bilhão de IDP – abaixo dos US$ 2,3 bilhões projetados pelo BC.

O IDP representa os investimentos produtivos feitos por estrangeiros no País, tanto na construção de novas fábricas quanto na aquisição de participação em companhias em funcionamento.  

Apesar do resultado pior que o esperado em maio, Rocha destacou a recuperação em curso do IDP em 2021. “Houve aumento de 30% do IDP de janeiro a maio ante mesmo período de 2020”, disse o chefe do Departamento de Estatísticas.

No acumulado de 2021 até maio, o IDP soma US$ 22,482 bilhões, ante US$ 17,333 bilhões do mesmo período de 2020. “Essa alta do IDP de janeiro a maio está relacionada à recuperação econômica”, disse Rocha. “A expectativa é de que tenhamos ao longo do ano recuperação dos fluxos de IDP”, completou. O BC projeta IDP de US$ 60 bilhões no acumulado deste ano.

Viagens

Em meio ao processo de recuperação da economia, os brasileiros também retomam aos poucos as viagens ao exterior. Os dados do BC mostraram que, em maio, a conta de viagens internacionais registrou déficit de US$ 139 milhões. O valor reflete a diferença entre o que os brasileiros gastaram lá fora e o que os estrangeiros desembolsaram no Brasil no período. Em maio de 2020, durante a primeira onda da pandemia, o déficit nessa conta foi de US$ 87 milhões.

“Na comparação de maio de 2020 com maio de 2021, (o déficit) cresceu 60%”, disse Rocha. “Mas é preciso ter cautela para afirmar que está havendo aumento das viagens internacionais”, disse.

A cautela na análise é justificada pelo fato de que, em 2020, o déficit da conta de viagens internacionais despencou na primeira onda da pandemia, em meio ao fechamento de aeroportos e fronteiras ao redor do mundo. 

“Agora, parece estar havendo receitas e despesas maiores na conta de viagens”, disse Rocha, ponderando que os valores ainda são baixos. O chefe do Departamento de Estatísticas lembrou que em 2019, antes da pandemia, a conta de viagens apresentava déficits mensais próximos de US$ 1 bilhão.

FONTE: Estadão

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