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Coronavírus deve influenciar na demanda de exportação da carne goiana

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Aumento da demanda é consenso entre especialistas do setor produtivo. Sindicato dos frigoríficos ameniza e afirma que preço não será impactado

Com mais de 65 mil casos confirmados em todo o mundo, o novo coronavírus começa a impactar setores da economia de forma direta. Para além das variações da cotação do dólar, que chegou ao seu maior valor nominal frente ao real nesta semana, o setor agropecuário deve se o próximo a ser impactado em razão do vírus.

Na segunda-feira, 13, o Departamento de Pecuária da China publicou que, por conta do novo coronavírus, há dificuldade para restabelecer a criação de suínos, confirmando na mesma nota que haverá aumento na demanda de importação de proteína animal. Ao Jornal Opção, especialistas confirmam que o mercado brasileiro, o que inclui Goiás, um dos principais exportadores, irá sentir os reflexos.

O superintendente de Comércio Exterior do Estado de Goiás, Edival Oliveira Júnior explica que repor o rebanho de suínos da China, que já enfrentava baixas desde o final do último ano, levará pelo menos dois anos. “Com o novo coronavírus, restabelecer a criação de suínos passou a ser um problema secundário”, explica Edival, que prevê que a demanda de importação por parte do país asiático não irá se restringir à carne suína.

“Há uma tendência de que o consumo migre para outros tipos de proteínas”, segue explicando o superintendente e diz que, com a demanda por outras carnes, Goiás estará na lista de exportadores que receberão aumento de pedidos. “O impacto para o produtor é positivo. Não só para os produtores de carne, como para toda a cadeia produtiva: produção de grãos, nutrição animal e veterinária”, finaliza Edival.

Impacto para consumidores

Assim como no final de 2019, os preços das carnes para os consumidores brasileiros podem voltar a crescer. “Passa a ser uma regra de mercado, com mais demanda os preços podem sofrer alteração”, destaca Edival, que acrescenta não esperar por grandes impactos, já que existe cotas de exportação.

Para o presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Estado de Goiás (Sindicarne), Leandro Stival, a demanda por proteínas já era uma crescente. “Podem ocorrer picos de demanda, a depender do estoque que eles têm”, afirma o representante do setor, que ameniza os riscos de aumento no preço para os consumidores. “Lembrando que 80% da produção total de carne é para consumo interno e 20% é para exportação”, destaca Leandro.

“Para o mercado interno acredito que os preços estão bem acomodados. Os preços que os frigoríficos vendem para as grandes redes de supermercados, que representa 70% das vendas de carnes, estão recebendo a carne a preços bem próximos aos de 2019”, finaliza o presidente Leandro Stival.

FONTE: Jornal Opção

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