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Covid-19: produção industrial cresce 0,5%, mas já mostra impactos negativos

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A produção industrial brasileira cresceu 0,5% em fevereiro, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa o segundo avanço consecutivo do setor, mas ainda não cobre todas as perdas registradas em 2019 e já revela os primeiros impactos negativos da pandemia do coronavírus na indústria brasileira.


De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta quarta-feira (1) pelo IBGE, o setor avançou 0,5% em fevereiro se comparado a janeiro, quando também houve uma alta mensal de 0,9%. Porém, se comparado a fevereiro do ano passado, caiu 0,4%. E, no acumulado dos últimos doze meses, também caminha no campo negativo: -1,2%.


“É o segundo avanço após uma queda importante nos dois últimos meses de 2019. Mas o saldo desse período ainda é negativo, pois os resultados de novembro e dezembro acumulam -2,5%”, explicou o gerente da pesquisa, André Macedo, dizendo que, por conta disso, o setor ainda se encontra 16,6% abaixo do nível recorde, alcançado em maio de 2011.

Também é importante ressaltar que esse resultado ainda não considera todos os impactos da pandemia do coronavírus, que pode até levar esse resultado para o vermelho em março. Afinal, em fevereiro, a maior parte das fábricas brasileiras continuava funcionando. Os efeitos do coronavírus ainda estavam concentrados nos setores que dependem da importação de insumos chineses, como o setor de eletrônicos. que relatou falta de peças por conta da paralisação da economia chinesa. Já em março, muitas indústrias resolveram parar a produção, em decorrência da necessidade de isolamento social decretada pelos governantes brasileiros.

Setores

A alta de 0,5% de fevereiro, por sinal, foi puxada pelo setor de veículos automotores, reboques e carrocerias (2,7%), cuja maior parte das fábricas decidiu interromper a produção ao longo de março por conta dos efeitos do Covid-19. Também contribuiu com esse avanço a produção de outros produtos químicos (2,6%), produtos alimentícios (0,6%), celulose, papel e produtos de papel (2,4%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,2%) e produtos de borracha e de material plástico (2,1%).


O lado das baixas, por sua vez, já reflete o início dos impactos do coronavírus na produção industrial brasileira. Isso porque o maior destaque negativo da indústria em fevereiro foi a queda de 1,8% da produção de produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, que vinha crescendo há três meses e, segundo analistas, pode ter sido impactada pela redução dos preços internacionais do petróleo.

FONTE: Correio Braziliense

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