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Exportações de frutas resistem à pandemia

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Manga continua a liderar as exportações do segmento. Foram 122.500 ton de janeiro a setembro, 2% mais do que no mesmo período de 2019.

As exportações de frutas em geral do País até agora resistiram aos impactos negativos da pandemia do novo Coronavírus sobre a demanda de alguns países e se mantiveram firmes de janeiro a setembro deste ano, com destaque para a consolidação da liderança da manga e as altas das receitas das vendas de limão e uva.

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), os embarques do segmento alcançaram 629.800 toneladas no período, 6% mais que nos primeiros nove meses de 2019.

A receita consolidada dessas vendas registrou leve queda (0,40%) na comparação, para US$ 512.5 milhões, mas em tempos de Covid-19 o resultado foi considerado uma vitória. Preocupa as cadeias produtivas, entretanto, a atual segunda onda pandêmica em países da União Europeia, que absorve quase 60% das vendas de frutas do país no exterior.

A manga continua a liderar as exportações do segmento. Foram 122.500 toneladas de janeiro a setembro, 2% mais do que no mesmo período de 2019, com receita praticamente estável de US$ 125.3 milhões. Para Jorge de Souza, gerente técnico e de projetos da Abrafrutas, o desempenho surpreendeu o mercado. “A safra da manga começa agora, e o grosso das exportações também”.

Para Tássio Lustosa, gerente executivo da Associação de Produtores, Exportadores, Hortigranjeiros e de Derivados do Vale do São Francisco (Valexport), que representa 80% das exportações da região, apesar das chuvas acima da média no primeiro semestre, que prejudicaram a qualidade da manga, os embarques seguirão aquecidos até dezembro.  Entre as dez frutas mais exportadas pelo país, também pesaram positivamente na balança os resultados obtidos com limão e uva. Nos dois casos houve inclusive avanços dos valores das vendas de janeiro a setembro. Os embarques de limão e lima aumentaram quase 16%, para US$ 83.7 milhões (99.600 toneladas, aumento de 15%), e os de uva subiram 5,60%, para US$ 32.1 milhões.

A demanda por limão foi estimulada pela sensação dos consumidores, sobretudo europeus, de que a vitamina C da fruta é uma boa proteção a doenças em tempos de pandemia. A mesma sensação estimulou os embarques brasileiros de laranjas de mesa, que cresceram 148% e atingiram 6.400 toneladas. A receita triplicou e atingiu US$ 3.9 milhões.

Eduardo Brandão, diretor executivo da Abrafrutas, pondera que o abre e fecha da economia europeia, com a segunda onda de contágios pelo Coronavírus, ainda pode pressionar o desempenho das exportações brasileiras neste último trimestre do ano, que historicamente é o mais relevante.

Mas ele está otimista. Estima um aumento da receita total de 5% a 10% em relação a 2019, apesar das turbulências, o que ainda pode levar o Brasil a alcançar seu primeiro US$ 1 bilhão nos envios de fruta ao exterior. Responsáveis por quase 10% das exportações, os envios aéreos já voltaram a 70% da capacidade, após caírem para quase 8% do volume habitual no auge da crise. Os embarques marítimos continuam normais.

FONTE: Valor Econômico

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