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Exportações de suco de laranja crescem 17%

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Quarentena causou mudança de comportamento das pessoas e impulsionou safra

As exportações brasileiras de suco de laranja cresceram 17% nos dez primeiros meses da safra 19/20 em comparação com a temporada anterior. Esta safra é uma das maiores dos últimos anos, de acordo com a Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR). No total, foram enviados ao exterior 914,2 mil toneladas do produto, com um faturamento de US$ 1,5 bilhão, o que representa uma alta de 4,5%. 

Uma das razões para a alta registrada está atrelada ao coronavírus. Com a implantação do distanciamento social ao redor do mundo para diminuir as taxas de contágio da doença, as pessoas buscaram consumir mais produtos naturais em casa, com foco para os que fornecem maiores quantidades de nutrientes.

“Temos a associação de dois fatores importantes neste momento: a presença da vitamina C em nosso produto e mais tempo para as pessoas tomarem café da manhã, algo que não vinha acontecendo antes da pandemia. O suco de laranja foi apresentado para uma geração de consumidores que sequer tinha o hábito de tomar café da manhã, o que consiste em uma grande oportunidade”, afirmou o diretor executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto, em nota.

Entre os principais compradores está a União Europeia, com compras que totalizaram 635,6 mil toneladas – 25% a mais do que no mesmo período do ano anterior. O faturamento proveniente dos pedidos feitos pelo bloco econômico soma US$ 1,069 bilhão – 12% acima da safra passada.

Apesar de representativas, as vendas para os Estados Unidos caíram 14% nos dez primeiros meses da safra. O volume exportado foi de apenas 147,6 mil toneladas, possibilitando um faturamento de US$ 238,6 milhões – 22% menor em relação ao mesmo período da safra anterior.

“Temos visto algumas notícias sobre um forte aumento de consumo no mercado americano, mas, ao que tudo indica, esse avanço, que, segundo relatórios internacionais, teve início nas primeiras semanas de março, ainda não trouxe qualquer efeito sobre as exportações brasileiras para aquele mercado”, relata Netto. 

Essa safra em questão já vinha apresentando altas antes mesmo do isolamento social. No primeiro semestre da temporada 19/20, de julho a dezembro, o crescimento registrado para o período foi de 26,6%, quando embarques do produto somavam 648.751 toneladas.

Exportações na pandemia

Encarados como serviço essencial, os trabalhos agrícolas seguiram normalmente. O setor, de modo geral, registrou números acima da média para o período. Em maio, o agronegócio teve o maior total já exportado da história, com US$ 10,9 bilhões – alta de 17,9% em comparação com maio de 2019, de acordo com a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Segurança

Para garantir que os produtos estivessem livres de qualquer doença, normas padrões já são adotadas e vistoriadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Neste período, a higienização de materiais frequentemente utilizados, como os transportadores de rolos e as esteiras, também foi potencializada.   

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