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Frango: crise sanitária na China favorece exportação do Brasil

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Na avalição da ABPA, pode haver impacto na logística, por causa da maior cautela nos portos chineses

Primeiro foi a epidemia de peste suína africana (PSA). Mais recentemente, o avanço de casos de coronavírus, que provocou a declaração de emergência global de saúde. E, no último fim de semana, informações sobre um foco de gripe aviária. A situação sanitária da China é considerada preocupante, mas, pelo menos para a indústria de carne de frango do Brasil, não deve afetar a demanda pelo produto.

“A conjuntura é para aquecer a demanda. Pena que não tenhamos volume para atender a toda a demanda”, avalia Francisco Turra, da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), entidade que representa as indústrias de carnes de frangos e suínos.

Em 2019, o Brasil exportou para o mercado chinês 585,59 mil toneladas de carne de frango e faturou US$ 1,23 bilhão, de acordo com dados do sistema Agrostat, do Ministério da Agricultura. A China respondeu por 17,8% da receita total obtida pelo setor nas exportações durante o ano passado (US$ 6,89 bilhões) e por 14,2% do volume (4,120 milhões de toneladas). Em 2018, os embarques para a China somaram 438,92 mil toneladas com uma receita de US$ 799,16 milhões.

Dizendo-se basear em informações da representação da ABPA na China, Francisco Turra justifica seu otimismo levando em conta a preocupação dos chineses com a segurança alimentar, que tende a ser maior na atual situação. Com isso, a alternativa será buscar no mercado um produto que se mostre confiável para o consumidor local. E como tem mantido seu status sanitário, o Brasil tem chance de exportar ainda mais.

“É um momento muito difícil, em se tratando de sanidade. Cresce a preocupação com a segurança alimentar. E a demanda vai para onde o status sanitário seja impecável. Não temos nenhuma razão para temer”, diz Turra, avaliando de forma positiva a relação dos fornecedores brasileiros com os clientes chineses.

O executivo faz, no entanto, duas ressalvas. Em alguns momentos, o movimento de mercadorias pode ficar mais lento que o habitual, por conta de uma maior preocupação das autoridades aduaneiras chineses. Além disso, pode haver também uma “briga” por preços menores, que eles considerem mais razoáveis.

Só para se ter uma ideia, em janeiro deste ano, o preço médio pago pelo mercado internacional pela carne de frango in natura do Brasil foi de US$ 1.620 por tonelada, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia. O valor foi 3,4% maior que o do mesmo mês em 2019, de US$ 1.567. Em dezembro de 2019, a média foi de US$ 1.612 a tonelada.

A ABPA ainda não consolidou os resultados de janeiro das exportações de carne de frango, mas informa que vem verificando preços pagos pelos chineses acima da média geral. Em dezembro de 2019, por exemplo, o valorda carne in natura superou os US$ 2.000 por tonelada, de acordo com a entidade.

“Certamente, não vai fluir tão bem (a logística), mas creio que, pela questão de segurança alimentar, vão fazer de tudo para fluir melhor. Houve alguns momentos de retração de preços, mas é bem diferente de não receber a mercadoria. Eles vão sempre brigar para manter o nível de preços o mínimo razoável”, diz Turra.

FONTE: GLOBO RURAL

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