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Jordânia quer aumentar exportações de potássio ao Brasil

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O Brasil importa cerca de 85% de todo o fertilizante usado na produção agrícola nacional.

Uma comitiva do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), liderada pelo ministro Marcos Montes, visitou no último sábado fábrica da Arab Potash Company (APC), na Jordânia, e recebeu a notícia de que a empresa poderá aumentar as exportações de potássio para o Brasil. Segundo o CEO da empresa, Maen Nsour, em cinco anos o total enviado ao Brasil poderá chegar a 1,2 milhão de toneladas.

“Essa visita é um indicativo de que vamos construir uma relação estratégica de longa duração. Temos grandes planos para o mercado brasileiro, que é muito importante, não só porque queremos aumentar a exportação para esse mercado, mas porque percebemos a importância do Brasil na segurança alimentar da humanidade”, destacou Nsour, durante a visita. Segundo ele, neste ano a empesa deve exportar 320 mil toneladas de potássio para o Brasil.

A visita do Mapa à Jordânia foi decisiva para a decisão da empresa em aumentar a oferta de potássio ao Brasil. A APC produz mais de 2,4 milhões de toneladas de potássio por ano. A Jordânia é o sétimo maior produtor mundial de potássio.

As operações da APC estão localizadas a 110 km ao sul de Amã, onde a companhia produz quatro tipos de potássio: potássio padrão, fino, granular e industrial. O embaixador do Brasil em Amã, Ruy Amaral, também participou da visita.

O Brasil importa cerca de 85% de todo o fertilizante usado na produção agrícola nacional. No caso do potássio, o percentual importado é de cerca de 95%. Atualmente, o Brasil é o quarto consumidor e em 2021, as importações brasileiras de fertilizantes foram superiores a 41 milhões de toneladas, o que equivale a mais de US$ 14 bilhões.

Também a Jordan Phosphate Mines Company (JPMC) quer fazer uma joint venture com investidores brasileiros para produzir fertilizantes, tendo como foco o abastecimento do mercado do Brasil. O plano foi apresentado no domingo pelo presidente do Conselho de Diretores da companhia, Mohammad Thneibat, ao ministro Marcos Montes, em reunião na capital Amã A visita fez parte da agenda da missão na Jordânia – o grupo passará ainda por Egito e Marrocos. Após receber os brasileiros na sede da companhia, Thneibat afirmou à reportagem da ANBA que a Jordan Phosphate Mines Company exporta ao Brasil rocha fosfática, mas em quantidade muito pequena, e que tem condições de vender muito mais ao país. Thneibat se disse pronto a ter uma boa participação em uma planta de fertilizantes com os brasileiros. A fábrica poderia ser tanto na Jordânia quanto no Brasil. O executivo afirmou que a empresa está disposta a discutir todas as possibilidades e que aguarda uma visita técnica brasileira ainda neste ano para conhecer de perto a produção jordaniana de fosfatos.

Segundo o ministro Marcos Montes, esse projeto seria para atender o mercado brasileiro. “Eles têm um potencial muito grande, mas querem fazer uma joint venture com uma empresa, ou fazer um fábrica aqui ou fazer uma fábrica lá (no Brasil) em parceria com eles”, disse o ministro à ANBA.

No Brasil, não é o governo quem compra fertilizantes ou realiza parcerias desse tipo, mas o Ministério da Agricultura vem trabalhando pela aproximação entre os diferentes entes do segmento para garantir que não faltem fertilizantes à produção agrícola nacional, essencial no abastecimento mundial de alimentos. Nas reuniões na Jordânia, o ministro Montes tem chamado os interlocutores árabes para serem parceiros do Brasil na segurança alimentar, fornecendo os fertilizantes que o país precisa para produzir.

Um dos nortes do Plano Nacional de Fertilizantes é aumentar a produção nacional de adubos. O diretor técnico adjunto da CNA, Reginaldo Minaré, acompanha a missão e afirma que mesmo o país produzindo mais, a importação é essencial. “Nos próximos 30 anos, num bom cenário, talvez consigamos reduzir pela metade a nossa dependência, que hoje é próxima a 90%, então precisaremos ainda de muita importação de fertilizantes, e a Jordânia tem potencial para ser um bom fornecedor”, afirmou à ANBA.

Além da disposição para aumentar o fornecimento de fertilizantes ao Brasil, a Jordânia quer ampliar o comércio com o país em outros setores. O ministro Marcos Montes conversou sobre o assunto com ministros jordanianos.

Jordânia e Brasil tiveram no ano passado um comércio de US$ 424 milhões, dos quais US$ 294 milhões em exportações brasileiras e US$ 130,5 milhões em vendas jordanianas ao Brasil. Os brasileiros exportam ao mercado da Jordânia principalmente carne de frango, milho, carne bovina e café. As exportações jordanianas ao Brasil são principalmente de fertilizantes.

FONTE: Monitor Mercantil

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