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Mercado externo aponta perspectivas para produtor de arroz

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Com embarques ao México e novos destinos, exportações devem chegar a 1,2 milhão de toneladas neste ano, projeta Federarroz.

O setor arrozeiro mira cada vez mais o mercado externo. Neste ano, os produtores gaúchos já destinaram ao exterior mais de 500 mil toneladas de arroz e, com o aquecimento da demanda pelo grão brasileiro, os embarques devem chegar a 1,2 milhão de toneladas até o fim do ano, projeta o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado (Federarroz), Alexandre Velho. O agricultor abordou o tema nesta quarta-feira (1) em palestra na 13ª edição da Semana Arrozeira, em Alegrete.

Na semana passada, o setor enviou ao México 30 mil toneladas de arroz em casca. Foi a segunda exportação para o país da América do Norte, que no ano passado já havia adquirido 25 mil toneladas do grão brasileiro, e estão previstos mais três embarques neste ano, afirma Velho. O arroz gaúcho também deve chegar ao Panamá, além de destinos tradicionais, como a Costa Rica. “A exportação é um verdadeiro investimento que o produtor tem de fazer”, avalia Velho. Segundo o dirigente, as vendas externas ajudam a regular os preços domésticos. “Isso diminui um pouco a oferta, e a tendência é ter uma valorização do produto ao longo do segundo semestre”, diz.

A Federarroz espera reverter a decisão anunciada pelo governo federal em 23 de maio, de reduzir temporariamente em mais 10% a alíquota do imposto de importação de itens que fazem parte da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, como o arroz, com o objetivo de conter a inflação. Embora não tenha impacto no mercado interno em curto prazo, argumenta Velho, a medida é um desestímulo aos produtores, que já vêm migrando para outras culturas mais rentáveis, como a soja e o milho, para suportar os altos custos de produção. “(A medida) preocupa porque tem duração até o final do ano que vem, e o setor não tem como prever como vão ficar o preço internacional do grão e a taxa de câmbio”, observa. Para o agricultor, a redução da alíquota é injustificada porque, ao contrário de outros produtos de alimentação básicos, o preço do arroz mostrou deflação de 11,5% no período de 12 meses encerrados em abril, de acordo com dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Em resposta à alta de custos, a Federarroz defende a adoção mais ampla do sistema de integração lavoura-pecuária e a diversificação de culturas, com base nas características de cada propriedade e região. A entidade participa do programa Duas Safras, liderado pela Federação da Agricultura do Estado (Farsul). “Já plantamos a soja com o arroz, penso que o milho vai aumentar bastante e também a pecuária, em função de uma cobertura vegetal no inverno cada vez maior. O que a gente enxerga hoje para trazer viabilidade ao arrozeiro é que ele seja um produtor de grãos, e não somente de arroz”, afirma Velho.

FONTE: Correio do Povo

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