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Rússia toma fatia de mercado do petróleo brasileiro na Ásia

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As sanções impostas por Washington e seus aliados europeus à Rússia, por causa da guerra na Ucrânia, tiveram efeito colateral para o Brasil, com forte queda nas exportações de petróleo no 1º semestre. A redução é causada pela menor compra do óleo brasileiro pela China, historicamente o principal destino da produção do pré-sal. Nos últimos meses, os chineses elevaram a importação de petróleo russo, negociado com desconto.

Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que a China importou 36% menos petróleo do Brasil do que no ano passado. E a Índia comprou 53% menos. Os dois países aumentaram no período a compra da produção russa, vendida por preço mais baixo aos que não impuseram sanções ao país.

A Petrobras confirma a redução de volumes vendidos para a China, mas pondera que aumentou as exportações para Europa e Américas. De acordo com a estatal, os níveis mais elevados de refino no Brasil e os impactos nos preços do mercado internacional causados pela guerra alteraram os fluxos de exportação.

Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), a queda nas exportações se relaciona com o aumento do processamento de petróleo nacional nas refinarias, que cresceu 13,8% no período. Dados da ANP indicam que, de janeiro a maio deste ano, o Brasil exportou 9,5% menos em relação aos mesmos meses de 2021. Nesse período, a produção de petróleo do país cresceu 2,5%.

Para Rodrigo Leão, do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, as exportações russas aumentaram, apesar das sanções, porque o país cobra 25% abaixo da cotação do Brent, referência internacional para a commodity. O Brasil também tem interesse em comprar combustível, no caso diesel, dos russos.

A queda na exportação brasileira não se reflete no valor arrecadado pelo país com a venda de óleo bruto, graças à alta do preço do barril no mercado internacional. Segundo a S&P Global, a demanda europeia pela produção brasileira é insuficiente para compensar a queda das vendas aos países asiáticos.

Setor elétrico

Em entrevista, o presidente da Associação Brasileira de Comercializadores de Energia (Abraceel), Rodrigo Ferreira, avalia que mais do que proporcionar a abertura do mercado livre para todos os consumidores, o projeto de lei 414/2021 deve ter como objetivo acabar com o “camarote” que se tornou a modalidade.

Ferreira enfatiza que, atualmente, o ambiente de contratação livre está ao alcance de apenas a 0,03% da população, deixando 99,97% do país fora dos benefícios da portabilidade das contas de luz do mercado regulado para o livre – o que só é possível, hoje, a grandes consumidores industriais e comerciais. Segundo o executivo, um dos problemas do PL que atualiza o marco legal do setor é que os debates sobre a modernização foram paralisados por causa de uma emenda que seria incluída no projeto para permitir a criação do Brasduto, de financiamento a novos gasodutos, sem que ninguém no Congresso ou no setor de energia tivesse visto a proposta.

Assim, criaram-se as condições para que o debate do PL não avançasse. Em tramitação numa comissão especial da Câmara, o PL não foi aprovado antes do recesso parlamentar, suscitando temores no setor de que o tema seja deixado de lado no segundo semestre, quando eles retornarem.

FONTE O Sul

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