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SAFRA MINEIRA 2019/20 PODE TER ALTA DE 1%

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Após registrar uma safra recorde em 2019, Minas Gerais tende a expandir novamente a produção de grãos. De acordo com dados do Quarto Levantamento da Safra de Grãos 2019/20, divulgado ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Estado deve colher 14,34 milhões de toneladas de grãos, o que, se alcançado, ficará 1% superior ao volume registrado no ano-safra anterior. Os destaques positivos são a soja e o milho primeira safra.

De acordo com os dados, a área plantada em Minas Gerais é de 3,48 milhões de hectares, variação positiva de 1,1%. A produtividade estimada está em 4,1 toneladas por hectare, volume equivalente ao registrado no período produtivo anterior.

Segundo o superintendente de Informações do Agronegócio da Companhia, Cleverton Santana, as condições climáticas estão favorecendo o desenvolvimento da safra no Estado. “Após um atraso das chuvas no início do plantio, estamos registrando bons volumes de umidade de solo em função de um regime de chuvas confortável para a produção, o que é importante, e isso vem favorecendo os cultivos”, explicou.

Destaques

No Estado, o destaque em crescimento é a produção de soja. A estimativa é de uma colheita 6,6% superior, somando 5,4 milhões de toneladas. A produtividade média está em torno de 3,36 toneladas por hectare, variação positiva de 4,5%. Com preços e demanda mais favoráveis que os demais grãos, na safra 2019/20, a oleaginosa ganhou mais espaço no campo. A área em cultivo cresceu 2% e totalizou 1,6 milhão de hectares.

“A maior rentabilidade proporcionada pela soja fez com que produtores aumentassem a área em produção. As áreas de pastagens degradadas estão sendo recuperadas para o plantio da soja. Na safra anterior, a produtividade da cultura foi afetada pelo veranico e a tendência é de recuperação no atual período”, disse Santana.

Alta também é esperada na produção de milho primeira safra. Em Minas Gerais, a produção deve alcançar 4,86 milhões de toneladas, aumento de 5,9% frente à registrada no mesmo período do ano anterior. A produtividade média, 6,4 toneladas por hectare, está 4,6% maior. Ao contrário de outros anos, quando o espaço dedicado à cultura estava em redução, na safra 2019/20 houve ampliação de 1,2%, com o plantio ocupando 757,9 mil hectares. A demanda interna aquecida e o Brasil exportando volumes altos do cereal aumentaram os preços do milho em 2019 e incentivaram o plantio.

Destaque também para a produção de feijão primeira safra. De acordo com a Conab, a expectativa é de uma produção 3,2% superior, com a colheita de 163,3 mil toneladas. Neste período produtivo, a área plantada ficou em 148,2 mil hectares, queda de 1,2% frente o mesmo intervalo do ano-safra anterior. A produtividade média das lavouras tende a crescer 4,3%, com a colheita por hectare estimada em 1,1 tonelada.

Segundo Santana, na temporada 2018/19, em função de dois episódios de veranico ao longo da primeira safra, a produtividade do feijão foi prejudicada e a tendência é de recuperação em 2020.

“A colheita do feijão já foi iniciada em Minas Gerais. Este ano, o grão perdeu espaço para outros produtos mais rentáveis, como a soja e o milho, mas, ao que tudo indica, haverá uma recuperação da produtividade”, destacou Santana.

Queda

Já a produção de algodão será menor. De acordo com os dados da Conab, a área em cultivo está 6,4% inferior, totalizando 39,3 mil hectares. A produção foi estimada em 153,8 mil toneladas, variação negativa de 8,8%. Também é esperada redução na produtividade da cultura (2,6%), com rendimento médio em torno de 3,9 toneladas por hectare. A produção de algodão em pluma será de 61,5 mil toneladas, redução de 8,9% frente à safra anterior.

PAÍS DEVE TER NOVO RECORDE EM PRODUÇÃO

Brasília

A estimativa da safra 2019/2020 de grãos indica uma produção de 248 milhões de toneladas, com aumento de 2,5% ou 6,1 milhões de toneladas na comparação com 2018/19. Os números registram novo recorde da série histórica e foram divulgados, ontem, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em seu quarto levantamento.

A expectativa da Conab para a área plantada é de que sejam cultivados 64,2 milhões de hectares ou o equivalente a uma variação positiva de 1,5% em comparação à da safra anterior. “As condições climáticas, que apresentaram certa instabilidade no início do plantio de verão na maioria das regiões produtoras, tomaram agora um ritmo de normalização. A perspectiva é que os níveis de produtividade apresentem bom desempenho nessa etapa”, diz a companhia.

Crédito rural

O secretário substituto de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Wilson Vaz de Araújo, disse que os bons indicadores se devem especialmente ao bom desempenho dos financiamentos para o setor. “Nunca se teve uma liberação e contratação tão forte de crédito oficial como as registradas nos primeiros seis meses do Plano Safra (julho a dezembro)”.

Na avaliação do secretário, isso representa o sentimento de confiança, de credibilidade não apenas dos produtores, mas também das cooperativas e dos agentes financeiros na agricultura brasileira.

Segundo a Conab, a soja, que vem mantendo a tendência de crescimento nesta temporada, deve registrar aumento da produção em 6,3% na comparação com 2018/2019, chegando a 122,2 milhões de toneladas. A área plantada registrou também um crescimento de 2,6%, com 36,8 milhões de hectares.

Quanto ao milho primeira safra, a estimativa da Conab é de aumento em 1,1% na área semeada, totalizando 4,15 milhões de hectares e uma produção de 26,6 milhões de toneladas, com ganho de 3,8% sobre a de 2018/19. “A favor desse desempenho, há fatores como o aumento nas exportações brasileiras do cereal e no mercado interno, derivados da demanda por confinamento e produção de etanol, mesmo a despeito da concorrência com a soja”.

O algodão, apesar da tendência de crescimento significativo de área nas duas últimas safras, apresentou uma variação positiva menor, de 2,7%, atingindo 1,6 milhão de hectares. Já a produção do caroço deve chegar a 4,1 milhões de toneladas e a da pluma a 2,8 milhões de toneladas.

A estimativa para o feijão primeira safra é de redução de 1,9% na área plantada em comparação com a temporada passada. A plantação de feijão perde espaço para a soja e o milho, que apresentam melhor rentabilidade. “Também o trigo, cuja safra está finalizada, deve alcançar 5,15 milhões de toneladas e redução de 5% em relação a 2018. O arroz apresenta tendência para uma redução de 0,7% na área e produção de 10,5 milhões de toneladas”.

FONTE: DIÁRIO DO COMÉRCIO

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