Fornecimento às montadoras não consegue compensar fraco desempenho em reposição
A venda nacional de pneus no acumulado até setembro somou 44,3 milhões de unidades, registrando queda de 0,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Embora a venda às montadoras tenha crescido 6%, o mercado de reposição (que é 2,6 vezes maior) caiu 2,8% no período. Os números foram divulgados pela Anip, entidade que reúne fabricantes do setor instalados no Brasil.
A análise por segmento mostra que os pneus de passeio entregues às montadoras somaram 8,3 milhões de unidades, registrando alta de 7,3% pela comparação interanual. Na reposição, porém, os 16,5 milhões de unidades resultaram em queda de 4,4%. Por ser o mais volumoso, o mercado de reposição para automóveis acaba puxando o setor como um todo para baixo.
O adiamento da troca dos pneus gastos, a substituição por itens reformados ou importados não computados pela Anip levam a essa retração no aftermarket.
No segmento de carga (caminhões e ônibus), o fornecimento às montadoras cresceu 31,2% no acumulado do ano com a venda de 1,4 milhão de unidades. No pós-venda, os 4,2 milhões de pneus entregues resultaram em queda de 5,1% ante os mesmos nove meses do ano passado.
Os pneus para comerciais leves fornecidos às montadoras somaram no período 2,4 milhões, 7,2% a menos que em iguais meses de 2018. Na reposição, porém, os 3,4 milhões anotaram alta de 7,1%.
No segmento de motos a Anip divulga apenas o segmento de reposição, com 7,4 milhões de unidades e queda de 2,4% em relação ao mesmo período do ano passado. A partir da produção de motos em Manaus, estima-se que a venda de pneus às montadoras tenha somado cerca de 1,7 milhão de unidades, anotando alta próxima a 8% na comparação com iguais meses de 2018.
EXPORTAÇÃO CRESCENTE E BALANÇA POSITIVA
De janeiro a setembro, as associadas à Anip exportaram US$ 857,6 milhões em pneus. O valor é 5,5% mais alto que o anotado em iguais meses do ano passado. As importações no período somaram US$ 718,3 milhões e anotaram discreta alta de 0,8%. Como resultado, o saldo da balança comercial é positivo em US$ 139,3 milhões.
Nestes nove meses o Brasil trouxe do exterior 7,3 milhões de pneus a mais do que vendeu a outros países, mas manteve a balança positiva porque exportou itens de maior valor agregado.
FONTE: AUTOMOTIVE BUSINESS