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Abrapa e a Apex-Brasil renovam parceria para promoção do algodão brasileiro

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Nova fase do projeto Cotton Brazil prevê ações até julho de 2023.

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) renovaram, por mais dois anos, a parceria para promoção da fibra brasileira no mercado externo por meio do programa Cotton Brazil. O convênio foi assinado nesta quinta-feira (26), em Dia de Campo na Fazenda Pamplona, do Grupo SLC Agrícola, em Cristalina/GO.

A nova etapa do Projeto Setorial de Promoção Comercial do Algodão Brasileiro prevê ações estruturantes, de promoção e de comunicação, amparadas nos mesmos pilares estratégicos da primeira fase da parceria: presença física na Ásia; presença digital pelo website Cotton Brazil e pelas redes sociais; marketing de relacionamento;  eventos técnicos e de marketing; business intelligence; missões compradores e missões comerciais e projetos comprador; eficiência e inovação; e parcerias estratégicas. A iniciativa conta com o apoio da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e de Relações Exteriores (MRE).

Entre as ações programadas está a elaboração de protocolos de certificação de boas práticas nas operações de embarque. Também serão feitos novos estudos mercadológicos nos nove maiores compradores do algodão brasileiro – China, Bangladesh, Vietnã, Turquia, Paquistão, Indonésia, Índia, Tailândia e Coréia do Sul – , visando medir o impacto da primeira fase do Cotton Brazil e definir estratégias comerciais para cada mercado. 

Durante a cerimônia de assinatura do convênio, o presidente da Apex-Brasil, Augusto Pestana, comemorou os resultados da primeira etapa e a continuidade do projeto conjunto. “O próprio setor já conquistou seu espaço internacional e, para a Apex-Brasil, é um privilégio poder se associar, trazer um pouco da nossa expertise e contribuir para termos novas ambições e levarmos o algodão brasileiro para uma posição de liderança”, avaliou.

O diretor de Promoção Comercial e Investimento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Jean Marcel Fernandes, destacou a importância da cotonicultura para a economia brasileira e mundial. “O algodão não é apenas uma fibra, é um produto com grande potencial para geração de emprego e renda. Com esta parceria, tenho certeza que, em breve, cumpriremos a meta de tornar o Brasil o maior exportador mundial de algodão”, pontuou.

Na avaliação de Bruno Leite, chefe de gabinete do Departamento de Promoção do Agronegócio do MRE, a organização dos cotonicultores e a evolução da produção brasileira são referência no país. “Gostamos de mencionar o caso da Abrapa como um exemplo, para outros setores, do que é a estratégia correta de representação coletiva setorial, de apresentação da qualidade do produto brasileiro, das iniciativas de sustentabilidade e de inovação”, afirmou. “O produto brasileiro tem qualidade, tem preço competitivo e precisa, agora, saber se vender na esfera internacional. Para isso, contem sempre com o Itamaraty”, disse Leite.

Segundo Renato de Paula Caldeira, diretor da Anea, o algodão produzido no Brasil já destaque no mercado internacional.  “A gente tem visto que a qualidade brasileira se aproxima ou é melhor que qualquer outra no mundo. A maior parte das tradings vê o Brasil como futuro exportador de algodão”, garantiu.

O vice-presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, lembrou que a temporada 20/21 de exportações bateu recorde de embarques e o desafio, agora, é agregar maior valor ao algodão brasileiro. “O produtor é muito bom, está sendo eficiente da porteira para dentro. Vamos aproveitar essa eficiência e a nossa sustentabilidade e, com o apoio da Apex-Brasil, vamos crescer cada vez mais. Nosso objetivo é sermos líderes mundiais, estamos semeando um futuro melhor”, ressaltou.

O presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, encerrou a cerimônia lembrando que a cotonicultura brasileira, no passado, perdeu duas grandes oportunidades de ganhar destaque no mercado internacional. Agora, o país tem tudo para chegar ao topo do ranking mundial. “De repente o Brasil, que era um mercado de oportunidade, se apresenta como o segundo maior exportador de algodão. Produzimos 12 meses no ano, temos quantidade, qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade. Entramos em briga de cachorro grande e, para vender nosso algodão, nos unimos ao governo, como nossos concorrentes fazem”, ponderou.  “É um grande passo. Hoje, podemos dizer que estamos lá fora vendendo algodão brasileiro junto com o nosso governo”, concluiu.

O Brasil é o quarto produtor mundial de algodão e segundo no ranking de maiores exportadores da fibra. O país é o maior fornecedor de pluma de origem sustentável do mundo, respondendo por 36% de todo algodão Better Cotton, licenciado pela entidade suíça Better Cotton Initiative (BCI).

Cotton Brazil

Fruto de uma parceria do setor produtivo como governo brasileiro, o Cotton Brazil foi lançado em 2020 com o objetivo de promover internacionalmente a fibra produzida no Brasil e posicionar o país como maior exportador mundial de algodão até 2030.

Apesar da qualidade equivalente à de seus principais concorrentes, a pluma brasileira ainda é vistacomo inferior, o que se reflete nos preços. As ações do Cotton Brazil visam mudar essa percepção, aprimorar a imagem do país como produtor confiável e permanente,obter melhor remuneraçãoeampliar a participação do algodão brasileiro no mercado internacional.

No primeiro ciclo do projeto, encerrado em junho deste ano, foram realizadas duas rodadas de webinars com mais de mil potenciais compradores dos principais mercados asiáticos,além de reuniões com embaixadas, diplomatas e entidades do setor industrial têxtil local. A Ásia é o destino de 99% das exportações brasileiras da pluma – o potencial de crescimento desse mercado motivou, inclusive, a abertura de um escritório da Abrapa em Singapura. 

Saiba mais em www.cottonbrazil.com

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