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Contagem registra déficit de US$ 277 milhões

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Importações cresceram 23,5% no primeiro semestre, enquanto as exportações avançaram 5,9% no mesmo período.

As exportações das empresas e indústrias de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), cresceram 5,9% no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. Já nas importações, a alta foi ainda maior, chegando a um aumento de 23,5% no mesmo período.

Os dados são do Portal de Estatísticas do Comércio Exterior, do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), analisados pelo Observatório Socioeconômico da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico de Contagem, em parceria com o Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

Em valores absolutos, os embarques somaram US$ 200,47 milhões, enquanto as compras US$ 477,69 milhões. Isso equivale a um déficit da balança comercial de US$ 277,2 milhões.

Apesar do saldo negativo, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, René Vilela, comemora os números. “Quando a gente traz para a cidade grandes empresas que recebem equipamentos importados, montam os produtos por aqui, faturam e distribuem para o Brasil, estamos nos consolidando como uma porta de entrada importante e fortalecendo uma cadeia comercial e de serviços que agrega muito valor à região. Além de faturar e arrecadar para o município e o Estado”, afirma.

O montante de US$ 200,47 milhões em exportações realizadas pelas empresas e indústrias da cidade representa 1,2% de todas as vendas externas realizadas em Minas Gerais no período, e coloca Contagem em 22º lugar no ranking de municípios exportadores do Estado. Ao avaliar especificamente esse resultado, o secretário ressalta os esforços da prefeitura para atrair empresas globalizadas e líderes mundiais em seus setores.

“Passado a pandemia, alguns setores industrias têm tido êxito e ampliando mercado e a cidade se beneficia com isso”, analisa. Ele também cita a maior segurança da economia brasileira e a expectativa de expansão das empresas já instaladas na cidade. E espera que o crescimento se mantenha, no próximo semestre, em função dos mesmos motivos.

O técnico em Negócios Internacionais do Centro Internacional de Negócios da Fiemg, Felipe Redondo, indica que o aumento expressivo de alguns produtos específicos contribuíram para o aumento das exportações. Este é o caso, por exemplo, dos transformadores elétricos que passaram de 3% de participação nos embarques no primeiro semestre de 2022 para 13% no mesmo período em 2023. “Os Estados Unidos estão com uma demanda atípica, enfrentando uma escassez de transformadores e similares que incentivam a importação por parte deles”, explica.

Outra questão relevante de Contagem quanto às exportações ressaltada por Felipe é o fato da cidade ter virado um polo de exportação de válvulas cardíacas. Isso, conforme ele, explica também o fato de a Irlanda figurar entre os principais destinos de exportação do município.

“Até o momento, praticamente toda a exportação dessas válvulas, que só nos primeiros seis meses do ano alcançaram US$ 17,6 milhões, foi destinada para aquele país”, comenta.

Importações

Os US$ 477,69 milhões somados nas importações representam aumento de 23,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O valor também indica 6,2% de tudo o que foi importado no Estado e coloca a cidade como a quarta maior importadora de Minas Gerais no período.

Para o secretário, o crescimento das importações é explicado pela alta demanda do setor de geração de energia limpa, sobretudo a solar, em que Minas lidera a produção no País. “Os chineses são líderes na fabricação de painéis fotovoltaicos e do equipamento que programa a movimentação das placas para fazer a melhor absorção de energia”, diz. Fato que explica o elevado volume de importação, já que Minas possui um importante papel na produção de energia solar do Brasil.

E os dados comprovam. No primeiro semestre de 2023, o produto mais importado pelas empresas e comércio da cidade de Contagem foram as células fotovoltaicas montadas, com participação de 15% do total adquirido no exterior. “Um aumento de 375% e de US$ 54,7 milhões em relação ao mesmo período em 2022”, analisa Felipe Redondo, da Fiemg.

René Vilela acrescenta, por fim, que houve em Contagem a abertura de três empresas que fazem da cidade um centro de distribuição pela potencialidade logística. “A partir daqui eles importam, montam e distribuem para uma rede de mais de cinco mil clientes em todo o Brasil. Então, Contagem virou a porta de entrada dos produtos chineses de equipamento solar”, explica.

Outro fator relevante que ele ressalta é a realidade da economia indiana. Ele explica que a Índia está com uma estratégia ousada e agressiva de investimentos nas suas exportações e isso também pode estar refletindo nos resultados.

“Temos hoje apenas uma empresa indiana em Contagem, mas com um volume impressionante. Só no ano passado a Índia investiu, internamente, valores correspondentes a todos os investimentos realizados no País entre a Segunda Guerra Mundial e 2021”, conclui.

FONTE Diário do Comércio

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