Embarque do grão para o exterior deve saltar das 5,9 milhões de toneladas na safra 2018/19 para 21,3 milhões em 2028/29
Em dez anos, a exportação de soja produzida em Mato Grosso do Sul deve saltar das 5,9 milhões de toneladas na safra 2018/19 para 21,3 milhões de toneladas em 2028/2029. O número representaria aumento de 261,4% na década.
Os dados são do estudo “Projeções do Agronegócio, Brasil 2018/19 a 2028/29”, produzido pela Secretaria de Política Agrícola do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e pela Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).
Conforme a pesquisa, o embarque de soja produzida no Estado deve dobrar em cinco anos, com 12,7 milhões toneladas previstas para a safra de 2023/24. Em variação, o salto na exportação sul-mato-grossense será o maior entre os 11 estados produtores.
A venda do milho produzido no Estado para o exterior também deve crescer 49,4% em dez anos. De acordo com o estudo, o volume pode passar das 528 mil toneladas em 2018/19 para 788 mil toneladas em 2028/29.
A pesquisa de Mapa e Embrapa ainda traçou prognósticos de produção. Em Mato Grosso do Sul, a soja pode crescer 32,9% em dez anos, de 8,5 milhões de toneladas em 2018/19 para 11,3 milhões de toneladas em 2028/2029.
Já a produção de milho deve saltar 24,6% – das 9,6 milhões de toneladas atuais para 11,9 milhões de toneladas dentro de uma década.
Por sua vez, a safra de cana-de-açúcar pode aumentar de 51,3 milhões para 52,9 milhões de toneladas, crescimento de 3,5%.
Relatório – As projeções do estudo foram realizadas para 29 produtos do agronegócio: milho, milho de segunda safra, soja, trigo, laranja, suco de laranja, carne de frango, carne bovina, carne suína, cana-de-açúcar, açúcar, algodão, farelo de soja, óleo de soja, leite in natura, feijão, arroz, batata inglesa, mandioca, fumo, café, cacau, uva, maçã, banana, manga, melão, mamão, papel e celulose.
No Brasil, as projeções de exportação para os próximos dez anos apontam embarque de 138 milhões de toneladas de grãos para o exterior, com acréscimo de 39 milhões de toneladas em relação a 2018/19, o que corresponde a salto de 40%.
O trabalho não avaliou os impactos do acordo econômico entre Mercosul e União Europeia, firmado em junho, em Bruxelas, na Bélgica.
FONTE: Campo Grande News