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Exportações para a China aumentam 47% e somam mais de 40% do superávit brasileiro

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Exportações no 1º bimestre de 2024 permaneceram concentradas em 3 produtos, que são 72% das vendas para a China

A concentração das exportações brasileiras em três produtos (soja, minério de ferro e petróleo bruto) coincide com a pauta de exportações para a China, na qual petróleo e minério de ferro participaram cada um com 25% das vendas brasileiras, e soja, com 22%. Um índice de concentração de 72% em três produtos.

No primeiro bimestre de 2024, a participação da China nas exportações brasileiras foi de 29,1%, com aumento em valor de 47%. O saldo com os chineses foi de US$ 5,2 bilhões, 43% do superávit total do Brasil em janeiro fevereiro deste ano, que ficou em US$ 11,9 bilhões.

Os dados estão no boletim de março do Indicador de Comércio Exterior (Icomex) do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV). “Começamos o ano com resultados favoráveis, mas há dúvidas que essa trajetória de resultados recordes possa se consolidar. As projeções indicam saldos ao redor de US$ 80 bilhões”, anota a divulgação do Icomex. No ano passado, a balança comercial terminou com superávit recorde de US$ 98,8 bilhões.

O indicador da FGV-Ibre destaca a reafirmação da concentração das exportações em commodities e no mercado chinês. “Em adição, o destaque da indústria extrativa no primeiro bimestre de 2024, liderada pelo petróleo, poderá ter um papel mais relevante que o da agropecuária.”

Commodities representaram 70% das exportações de janeiro e fevereiro. Bens que não as commodities tiveram queda de preços e volume. Em termos de valor, a variação no valor exportado das commodities foi de 29,5%, entre os primeiros bimestres, com aumento de 33,2% no volume e queda de 2,8% nos preços.

As exportações por categoria de uso mostram a liderança dos bens não duráveis (26%) e dos bens intermediários (21,7%), em termos de volume. Os não duráveis explicaram 16,9% das exportações, e os intermediários, 76,2%, no primeiro bimestre de 2024.

A queda de 22,4% dos bens duráveis está associada ao recuo nas vendas do setor automotivo para a Argentina, o principal mercado para o Brasil. A categoria registrou participação de 1,5% nas exportações totais. As commodities se concentram principalmente nos bens intermediários, único grupo a registrar queda de preços.

Ar-condicionado
Ar-condicionado: maior aumento nas importações no primeiro bimestre de 2024 (foto: Copel)

Do lado das importações, todas as categorias aumentaram o volume e registraram queda de preços, entre os primeiros bimestres de 2023 e 2024. “O aumento das importações pela indústria de transformação sugere crescimento do nível de atividade”, destaca o Icomex.

Com o calor batendo recorde, um dos destaques na alta das importações foi o ar-condicionado (aumento de 352% em valor e de 319% em peso). O produto, porém, tem participação pequena na pauta das importações dos bens duráveis (0,6%). O principal item de importações são os automóveis, com participação de 62% e variação em valor de 59% e, em peso, de 54%.

Segundo principal mercado brasileiro, os Estados Unidos (participação de 12,1%) tem pauta de exportações mais diversificada, mas o petróleo é o principal produto, com participação de 15%, seguido das semimanufaturas de ferro e aço (9,7%). O crescimento em valor foi de 19,4% nas exportações. Para a Argentina (participação de 3,4% nas vendas brasileiras), a queda no valor foi de 28%.

FONTE Monitor Mercantil

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