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Fruta brasileira tipo exportação

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Produtores nacionais querem mais espaço num mercado global que já movimenta mais de US$ 130 bilhões por ano. Ásia, Europa e Estados Unidos estão no radar dos brasileiros

Engenheiro elétrico e professor universitário, o pernambucano Paulo Roriz Dantas, 62 anos, é um apreciador de frutas. Sua preferida é a manga. De 1,6 mil variedades da fruta que existem no mundo, Dantas tem predileção por duas: a keitt – cultivar de origem americana, da Flórida – e a kent, sua favorita, igualmente adorada pelos franceses. “A kent é deliciosa. Quando você coloca na boca, parece uma mousse. É a melhor manga do mundo”, garante. Sua paixão pela fruta é tamanha, que acabou virando um excelente – e muito lucrativo – negócio. Hoje, Dantas é nada menos do que o maior exportador de mangas premium do Brasil. Com sete fazendas entre Pernambuco e Bahia, a Agropecuária Roriz Dantas (Agrodan) produziu 30 mil toneladas em 2018, das quais 27 mil (90%) foram exportadas. No ano passado, sua receita foi de quase R$ 100 milhões. O pernambucano apaixonado por mangas é apenas um dos produtores brasileiros que exportaram, no ano passado, mais de 30 tipos de frutas para os quatro cantos do mundo, gerando cerca de US$ 975 milhões, de acordo com o Ministério da Agricultura. Essa turma tem se destacado cada vez mais na enorme máquina do agronegócio nacional. E ainda tem muito espaço para continuar crescendo.

Em 2018, o Brasil exportou 877,5 mil toneladas de frutas, in natura e processadas. As principais foram manga, melão, abacaxi, melancia e limão, seguidas por uva, mamão e abacate. Como representam uma fatia ínfima (apenas 0,9%) das exportações do agronegócio nacional, as frutas ainda têm muito espaço a conquistar. E o setor vem mostrando força. Há duas décadas, as exportações nem chegavam à metade do atual volume comercializado. Para este ano, a expectativa dos exportadores é de alcançar o recorde de US$ 1 bilhão em vendas, já conquistado em 2008. “Temos de abrir novos mercados, apostando num crescimento de até 15% ao ano”, diz Luiz Roberto Barcelos, presidente da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas). “Em cinco anos, estaríamos falando de até 75% de aumento. E com a meta de dobrar as exportações para US$ 2 bilhões, em 10 anos.” Barcelos é dono da Agrícola Famosa, com fazendas no Ceará, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte. Ao todo, são 30 mil hectares, dos quais 11 mil em produção. No ano passado, ele produziu mais de 340 mil toneladas de melões, melancia, maracujá e mamão para o mercado interno e externo. Barcelos é o maior exportador de melões do País. Do total de 198 mil toneladas vendidas da fruta pelo Brasil ao exterior, 135 mil toneladas (68%) saíram das fazendas dele.

O mercado global de frutas é bastante atraente. No ano passado, os países importadores compraram mais de 95 milhões de toneladas, movimentando cerca de US$ 135 bilhões (4,9% acima de 2017), segundo números do International Trade Center (ITC). Há cinco anos, esse mercado era de US$ 113 bilhões, 18,5% abaixo do atual valor. O Brasil corre para abocanhar uma fatia dessa demanda, com grande potencial para avançar. A produção nacional é de 44 milhões de toneladas, cultivadas em 2 milhões de hectares, área do tamanho do Estado de Sergipe.

O Valor Bruto da Produção (VBP), utilizado para medir as riquezas movimentadas por setores no campo, é de R$ 33 bilhões por ano. No caso do volume colhido, o País fica atrás apenas da Índia e da China. Mas, como exportador, vende apenas 2% da produção interna, ocupando a 32ª posição no mercado mundial. Na América do Sul, o Brasil fica atrás de Argentina, Chile, Equador e Peru, grandes vendedores de banana, maçã, abacate, pêra e uva. “O Brasil ainda precisa trabalhar muito para criar no produtor a cultura da exportação de frutas”, observa Barcelos. O desafio, segundo ele, é como realizar essa tarefa. A boa notícia é que há diversos exemplos que apontam o caminho a ser trilhado.

INÍCIO ARTESANAL Para os produtores pioneiros, o desafio de abrir o mercado proporcionou um longo e importante aprendizado. Paulo Roriz Dantas, o apaixonado por mangas, da Agrodan, lembra com orgulho. Em 1991, sua primeira exportação, de 1,6 mil toneladas da fruta, foi toda para a Inglaterra, num trabalho quase artesanal. Separadas em pacotes de 4 quilos, as mangas foram embaladas em 4 mil caixas. Com a experiência, ele começou a comercializar, também, com França, Holanda e Suíça. E seguiu crescendo. “Para este ano, nossa meta é produzir 35 mil toneladas, das quais 30 mil devem ser exportadas”, diz o produtor. As mangas serão devidamente embaladas em 7,5 milhões de caixas. A expectativa de Dantas é de que sua receita deste ano seja 24% maior do que a de 2018, chegando a R$ 120 milhões. “Precisamos estar mais preparados e vender com foco no comércio externo”, diz. Atualmente, ele cultiva mangas de quatro variedades: suas duas preferidas – keitt e kent –, palmer e tommy, em 1 mil hectares na região do Rio São Francisco, em Pernambuco.

Agora, sua meta é ter 2 mil hectares plantados, para produzir 60 mil toneladas ao ano, nos próximos cinco anos. Para Dantas, um dos pilares do negócio é fidelizar clientes e cumprir acordos, principalmente com os europeus. “Alguns produtores preferem negociar com quem está pagando mais naquele momento”, declara. “Eu prefiro pensar a médio e longo prazo. Daí, na hora da dificuldade, tenho para quem vender”.

EUROPA NA MIRA Hoje, o principal destino das mangas de Roriz Dantas é a Europa. Em 2018, suas frutas foram exportadas para oito países do Velho Continente: Alemanha, França, Holanda, Inglaterra, Itália, Portugal, Rússia e Suíça. Muitos outros produtores de frutas do País seguem os passos do pernambucano. Atualmente, os 28 países do bloco que formam a União Europeia respondem pela maior fatia das exportações brasileiras. No ano passado, foram 630 mil toneladas, o equivalente a quase 72% das vendas. A receita de US$ 631 milhões respondeu por 64,7% do total.

Com cerca de 740 milhões de habitantes, a Europa é um grande consumidor de frutas. Do Brasil, o continente tem sido um cliente fiel e em constante crescimento nas últimas décadas. Em 1990, a União Europeia comprava 140 mil toneladas e gastava cerca de US$ 300 mil (0,05% do atual valor). Apesar da evolução, o País ainda é um pequeno fornecedor dos europeus. No ano passado, as compras de frutas brasileiras representaram apenas 1,1% da demanda do Velho Continente. Em 2018, os europeus gastaram US$ 56,3 bilhões em frutas (5,8% acima de 2017). Boa parte das frutas produzidas no Brasil e enviadas à Europa passa pela Holanda, principalmente pelo estratégico porto de Roterdã, o maior do continente, que recebe 300 milhões de toneladas de produtos a cada ano.

Uma das mais tradicionais companhias que opera nesse porto, desde 1850, é a Total Produce. Ela compra maçã, melões, citrus, abacaxi, romã e uvas das Américas do Sul, Central e África. Além do comércio local, a empresa também vende para o Leste Europeu, a países como Hungria, Polônia, República Tcheca e Romênia. “Nos últimos 20 anos, a Europa se tornou um mercado mais complicado para se trabalhar, com mais especificidades”, diz Tjeerd Hoekstra, gerente comercial da Total Produce. A maior oferta de frutas tem levado os consumidores a ficar mais exigentes em aspectos como a qualidade e a origem dos produtos. O uso de agroquímicos nas lavouras é um bom exemplo. A pressão vem de redes varejistas, como as multinacionais alemãs Aldi – com 10 mil lojas na Europa e nos Estados Unidos –, e a Lidl, que tem 10,5 mil lojas em 30 países, além das britânicas Waitrose e Tesco. “Cada vez mais, essas empresas querem que se apliquem menos produtos químicos”, diz Hoekstra. “Temos de lidar com isso”.

Em fevereiro, a pesquisadora Jacqueline Applegate, doutora em química orgânica pela Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, esteve na Fruit Logistica, o maior evento global do setor, realizado na Alemanha. Applegate é presidente da divisão de Sementes Vegetais e Ciência Ambiental da Bayer, uma das maiores empresas de biotecnologia do mundo. “Sustentabilidade é uma palavra-chave nos dias de hoje”, afirma ela, especialista em ambientes saudáveis. “As pessoas querem saber de onde vem a comida que elas consomem, quem está produzindo e o que está sendo usado na produção dos seus alimentos”, destaca a pesquisadora americana.

CERTIFICAÇÕES Para atender a esse mercado, as empresas certificadoras que atuam no Brasil têm se aproximado dos produtores de frutas. É o que faz o Serviço Brasileiro de Certificações (SBC), que nasceu em 2002 com foco na pecuária. Em janeiro deste ano, o SBC entrou no setor de frutas. Matheus Modolo Witzler, engenheiro agrônomo e diretor da companhia, explica que a demanda dos varejistas internacionais é por qualidade na padronização dos produtos. “Eles precisam padronizar as frutas para ganhar o consumidor final”, afirma Witzler. Padronização, no caso, não é apenas uma especificidade em relação ao tamanho da fruta. Vai muito além.

A Global Gap, plataforma da qual o SBC é associado, faz a rastreabilidade da cadeia no formato chamado B2B (sigla em inglês para business-to-business), garantindo negócios entre cliente e fornecedor. Envolve gestão de risco, preservação do meio ambiente, investimento em estrutura para lavagem de maquinário, controle de pragas e monitoramento da lavoura. Boas práticas agrícolas, biodiversidade do meio ambiente e respeito à legislação trabalhista também são analisados. “As fazendas que buscam por certificação estão em um nível de produção diferenciado”, diz Witzler. “Esses produtores se acostumam ao nível de exigência internacional.” Um deles é o Grupo Tsuge, que atua na região do Cerrado mineiro, nos municípios de Rio Paranaíba, Pratinha e Ibiá. Sua produção de abacate começou em 1995, mas a primeira exportação, para a Espanha, só aconteceu quase 20 anos depois, em 2014. Para ter maior presença no mercado global, o grupo tem investido em certificações.

Hoje, o Tsuge possui quatro certificações internacionais, sendo a mais importante justamente a Global Gap, visando o mercado europeu. E a empresa está participando de mais um processo: o Sistema B, uma plataforma que busca a integração de empresas com foco socioambiental. “Não é possível aumentar a produção se não houver valor agregado”, diz Paulo Tsuge, diretor da empresa. Ele é a terceira geração de uma família de japoneses que desembarcou em Uraí (PR), em 1954, para produzir verduras e legumes, atividade já exercida em seu país de origem. Atualmente, a família cultiva, em Minas Gerais, 6 mil toneladas de abacate por ano, das quais 2 mil são exportadas. “Precisamos nos tornar cada vez mais competitivos e trazer uma proposta de valor diferenciado para o consumidor final”, diz Tsuge. “É difícil ver um exportador vender frutas com baixo padrão de qualidade.” Na avaliação dele, a grande dificuldade dos fruticultores brasileiros é aumentar sua força na disputa com outros países exportadores. Ele tem razão.

DISPUTA GLOBAL Terry Watts, CEO da Vidafresh, com sede em Londres, tem experiência de 45 anos na importação de frutas. No Brasil, ele começou em 1980, comprando melões de representantes que atuavam no Rio de Janeiro. Entre outras frutas, atualmente a Vidafresh revende 45 mil toneladas de melões, 14 mil de abacaxi e 5 mil de citrus, para abastecer a Inglaterra e a Irlanda. Além do Brasil, os produtos saem de diversos outros países, como Argentina, Chile, Costa Rica e Panamá. Mas também há fornecedores europeus, como Espanha, França, Itália e Turquia.

Na Europa, os espanhóis são os maiores exportadores de frutas. No ano passado, o país de Picasso e Dalí vendeu 7,2 milhões de toneladas, o equivalente a 8 vezes a exportação brasileira. Vale ressaltar que o território da Espanha representa cerca de 6% da área do Brasil. “No começo, o nosso desafio era ter melões o suficiente para abastecer o mercado europeu”, conta Watts. “Agora, é completamente o inverso: há muitos melões, mas não há demanda crescente na Europa.”

Segundo ele, o consumo de frutas tende a não acompanhar o volume desembarcado. De fato, o consumo per capita anual europeu tende a se estabilizar nas próximas décadas. Como a Itália, que está com 80,4 quilos per capita. Ou a Alemanha, com 42,7 quilos, e a França, com 41 quilos. Entre os franceses, por exemplo, o consumo de frutas saiu de 2,5 milhões de toneladas, em 2014, para os atuais 2,7 milhões, um aumento de 8% no período. Mas, de acordo com um estudo do Euromonitor, consultoria que acompanha as principais tendências globais de consumo, embora a demanda seja alta, ela não permanecerá nesse ritmo de crescimento, porque a população desacelera e os mais jovens comem menos frutas. A França, por exemplo, tem 67 milhões de habitantes, dos quais 37% têm mais de 60 anos e consomem 42% das frutas frescas.

Diante da realidade europeia, os produtores mundiais de frutas têm voltado suas atenções para o ainda crescente mercado asiático e, claro, para o país mais rico do planeta. Nos últimos cinco anos, as importações de frutas dos Estados Unidos cresceram 36%. No ano passado, os americanos importaram US$ 19 bilhões, 5,8% a mais do que em 2017. Na chamada Grande China, que inclui Hong Kong, Taipei e Macao, regiões administrativas especiais do gigante asiático, o crescimento da importação de frutas foi de quase 42%, em cinco anos. Em 2014, esse bloco importou US$ 9,8 bilhões. No ano passado, foram US$ 14 bilhões, 21,4% acima de 2017. O maior vendedor de frutas para a China é o Chile. Nos últimos dez anos, o país andino passou de US$ 405 milhões para US$ 2,9 bilhões no ano passado. Com os Estados Unidos e a Tailândia, o Chile forma um trio de peso, cada um com mais de US$ 2 bilhões em vendas aos chineses.

O Brasil ainda é peixe pequeno nessa briga. De acordo com dados do International Trade Center (ITC), o País está em 42º lugar entre os exportadores de frutas à Ásia. Em 2018, vendemos apenas US$ 7,3 milhões. É pouco. Mas representa um salto de duas vezes e meia o comércio de 2017, que foi de US$ 2,9 milhões. “Vejo uma oportunidade enorme para o crescimento nos mercados asiático e árabe”, afirma Bruno Trevizaneli, diretor da Predilecta, empresa produtora e processadora de goiabas, e que é membro da Câmara Setorial de Frutas e Hortaliças da Confederação Nacional da Agricultura. “São países muito ricos e potenciais compradores das nossas frutas.”

Os Emirados Árabes Unidos, por exemplo, país de 8,2 milhões de habitantes, importou, no ano passado, US$ 2,2 bilhões em frutas. Desse total, o Brasil vendeu apenas US$ 17,4 milhões (cerca de 0,8%), sendo a maior parte uva fresca e processada. O maior fornecedor foram os Estados Unidos, com receita de US$ 422 milhões. Aliás, os americanos, além de grandes importadores, são também grandes exportadores. Em 2018, a receita do país com a venda de frutas foi de US$ 15 bilhões, mais de 15 vezes as exportações brasileiras. Barcelos, o presidente da Abrafrutas, diz que olhar para mercados como o americano e o asiático, incluindo aí também outros países, como Coreia, Japão e Indonésia, faz todo o sentido. “Esses países terão cada vez mais demanda por frutas”, afirma. “Por isso, precisamos organizar o mercado e avançar.”

Para ele, se na próxima década o Brasil se sair bem na missão de conquistar árabes e asiáticos, ficará entre os 15 maiores vendedores globais de frutas. Se já estivesse lá, ocuparia hoje o posto das Filipinas, que vendeu no ano passado US$ 2 bilhões, mais do que o dobro do Brasil. Curiosamente, US$ 1,5 bilhão foi com bananas, fruta que, há 90 anos, foi alçada ao imaginário global pela atriz e cantora Carmen Miranda como um símbolo nacional. Nascida em Portugal e radicada no Brasil, ela costumava se apresentar com um arranjo de frutas na cabeça. Muitas vezes, era banana.

Vitrine do mundo
O maior evento de frutas do planeta reuniu cerca de 80 mil pessoas, de 135 países, na alemanha. e o Brasil marcou presença

Fazia um frio enorme na manhã de 6 de fevereiro, em pleno inverno europeu. Os termômetros marcavam 1ºC em Berlim, na Alemanha. O clima gélido, no entanto, não foi problema para as quase 80 mil pessoas, de 135 países, que circularam pela Fruit Logistica, a maior feira global do setor de frutas. Entre os mais de 3 mil expositores, de 90 países, havia dois representantes do Brasil: a Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex Brasil) e a Abrafrutas, entidade com 60 empresas associadas. “O que vimos na edição deste ano do evento foi um setor que procura conveniência”, diz Francesco Sicherle, consultor do mercado de frutas e um dos organizadores da participação do Brasil na Fruit Logistica. “Produtos como banana, maçã e pêra entram nesse conceito, mas pode ser também melão ou melancia. Hoje, as tecnologias precisam facilitar o consumo.” Como política setorial, os parcerios Apex-Abrafrutas têm, desde 2017, apertado o passo, participando de feiras, rodadas de negócios, pesquisas de mercado, num ambiente mais estruturado, o chamado projeto “Frutas do Brasil”.

Além disso, no ano passado, o então ministro da Agricultura, Blairo Maggi, apresentou o Plano Nacional do Desenvolvimento da Fruticultura (PNDF). São 10 áreas temáticas, entre elas governança da cadeia, pesquisa e inovação, produção, defesa vegetal, qualidade, crédito, legislação, infraestrutura, agroindústria e marketing e comercialização. No atual governo, o tema está nas mãos da ministra Tereza Cristina, que substituiu Maggi. Ao que parece até agora, se depender dela o trabalho continuará. Em abril, a ministra esteve em Petrolina (PE), na região do Rio São Francisco, visitando plantações de frutas. Na ocasião, ela convidou entidades, como o sindicato rural local, a Abrafrutas e produtores para acompanhá-la em uma viagem à China, Japão, Vietnã e à Indonésia, marcada para acontecer este mês. “A fruta é um exemplo do potencial que temos de exportação”, disse a ministra, durante a visita. “Às vezes, somos muito tímidos. A gente acaba ficando na soja, no milho, no algodão, que são setores muito organizados, assim como o açúcar e o álcool. Precisamos abrir mais mercados. Há outras possibilidades, e a fruticultura é uma delas.”

Agroindústria entra no jogo
As frutas processadas também são um nicho de mercado a ser explorado

Com um grande mercado ainda a ser conquistado, o comércio de frutas não se resume apenas aos produtos frescos, os chamados in natura. As frutas processadas também entram na pauta das exportações brasileiras, com produtos como goiabada, doce de figo seco ou caramelado, frutas em conserva e as polpas para sucos (laranja está fora dessa conta). No ano passado, esse segmento faturou US$ 32,6 milhões, alta de 10,5% ante 2017, de acordo com o AgroStat. Em volume, foram 17 mil toneladas, um crescimento de 24% em relação ao ano anterior. Empresas como a paulista Predilecta e as paraenses Petruz Fruit e Cooperativa Mista de Tomé-Açu atuam nesse setor. A Predilecta, que pertence ao empresário Antonio Carlos Tadiotti, possui unidades de processamento nos municípios de Matão e Itápolis (SP). No ano passado, faturou R$ 1,7 bilhão. Por ano, a empresa processa 70 mil toneladas de goiaba e 5 mil de manga. Desse total, exporta 21 mil toneladas de goiaba e 1,5 mil de manga. Hoje, a empresa atende a 58 países.

Além disso, a Predilecta é o maior fornecedor mundial de polpa para a Coca-Cola. “Nós crescemos participando de feiras internacionais”, afirma Tadiotti. “São nesses ambientes que estão os principais produtos e fornecedores.” Em seu negócio, o empresário inclui 350 pequenos produtores da região. É que sua produção própria de goiaba é de apenas 9 mil toneladas, o equivalente a 13% de tudo que a empresa processa.

FONTE: Dinheiro Rural

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