Licitação para administração da estação aduaneira não atraiu interessados.
A última tentativa de salvar o funcionamento do Porto Seco de Cascavel não prosperou. A licitação lançada pela Receita Federal para gestão dos serviços alfandegários deu deserta. O destino da EADI (Estação Aduaneira Interior) já está definido.
A decisão judicial que manteve o Porto Seco aberto até agora foi da 1ª Vara Federal de Curitiba, em vigor desde 2019. Nesta época, vencia o contrato de permissão de uso do espaço, e a pedido do estado, a gestão foi prorrogada até que a união realizasse o novo certame.
Ele foi realizado na segunda-feira (30), mas não avançou. O prazo previsto em edital para administração do Porto Seco era de 25 anos. O vencedor teria que fazer investimento total de R$ 29,5 milhões, incluindo construção de um armazém de 1700 m² e pátio de 29 mil m², sendo a maior parte, R$ 24,6 milhões, nos primeiros 14 anos da permissão.
O alto investimento é um dos motivos para a falta de interessados, segundo a Receita Federal.
Com o fechamento do Porto Seco de Cascavel, toda a demanda do desembaraço de mercadorias para exportação vai ser transferida para Foz do Iguaçu, que também licitou esta semana instalação de um novo Porto Seco que vai receber investimento de mais de R$ 230 milhões nos próximos anos.
A Receita Federal de Cascavel acredita que esta migração do despacho de produtos daqui para Foz não vai prejudicar quem exporta.
Em Cascavel, a movimentação de caminhões este ano foi baixa. 4006 caminhões de janeiro até agora, bem menos que ano passado, quando foram 11800.
O prazo para o fechamento depende agora da notificação do resultado da licitação para justiça federal. O que deve ocorrer nos próximos dias.
FONTE Catve