Em março, houve aumento na produção de petróleo e gás, enquanto o pré-sal representou 75,2% da produção brasileira em boe.
No mês de março deste ano, o Brasil produziu 2,981 MMbbl/d (milhões de barris diários) de petróleo, o que representa um crescimento de 2,2% em comparação ao mês de fevereiro e de 4,8% em relação ao mês de março de 2021. Além disso, foram produzidos ainda 134 MMm³/d (milhões de metros cúbicos diários) de gás natural, número também superior aos observados em fevereiro (aumento de 0,9%) e no mesmo período do ano anterior (acréscimo de 6,6%). Como um todo, foram produzidos 3,827 MMboe/d (milhões de barris de óleo equivalente por dia).
Quanto à produção no pré-sal – setor com blocos para leilão –, em março foi registrado um volume de 2,876 MMboe/d (milhões de barris de óleo equivalente por dia), dos quais 2,267 MMbbl/d correspondem ao petróleo e 96,7 MMm³/d correspondem ao gás natural. Tais valores de produtividade no pré-sal dizem respeito a 75,2% da produção nacional. Foi observada uma alta produtiva de 1,2% em comparação ao mês de fevereiro e de 8,1% em relação a março de 2021, e a produção no pré-sal foi gerada em 131 poços.
Aproveitamento do gás natural também passou por aumento
Ainda levando em conta o mês de março, o aproveitamento de gás natural foi de 97,8%, com a disponibilização de 51,7 MMm³/dia ao mercado. Assim, a queima de gás no período foi de apenas 2,9 MMm³/d, o que representa uma diminuição de 2% relativa ao mês de fevereiro e de 6,2% se comparada ao mês de março do último ano.
No tocante à origem da produção, os campos marítimos foram responsáveis por 97,1% do petróleo e 86,9% do gás natural produzidos no mês de março. Destes campos, aqueles operados pela Petrobras foram encarregados da maior parte da produção brasileira, correspondente a 94,2% do petróleo e do gás natural gerados no país.
O campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, foi o principal produtor de petróleo e gás natural, uma vez que registrou 906 MMbbl/d de petróleo e 43 MMm³/d de gás natural.
A plataforma Petrobras 77, que produz no campo de Búzios através de cinco poços interligados a ela, produziu 156,496 Mbbl/d de petróleo, o que fez dela a instalação com maior produção desse material.
A instalação FPSO Cidade de Itaguaí, por sua vez, foi a instalação com maior produção de gás natural. Ela produz no campo de Tupi, por intermédio de 7 poços a ela interligados, e foi responsável pela produção de 7,794 MMm³/d de gás.
O maior número de poços produtores terrestres (949) está em Estreito, na Bacia Potiguar. Enquanto isso, o campo marítimo com maior número de poços produtores (61), é o de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos.
Os campos de acumulações marginais produziram 293 barris de óleo equivalente por dia, sendo o petróleo responsável por 92,3 bbl/d e o gás natural responsável por 31,9 Mm³/d. Destes, o campo de Iraí, operado pela Petroborn, foi o principal produtor, haja vista que a produção de 191,2 boe/d pode ser atribuída a ele.
Maior parte dos poços de produção são terrestres
Em março de 2022, a produção nacional ficou a cargo de 273 áreas concedidas, cinco áreas de cessão onerosa e seis de partilha, operadas por 41 companhias. Dentre essas áreas, 63 são marítimas e 221 terrestres, sendo 12 delas referentes a acordos de áreas envolvendo acumulações marginais. A produção foi realizada em 6.143 poços, dos quais 466 são marítimos e 5.677 são terrestres.
Quanto ao grau API, a média do petróleo extraído em território brasileiro foi de 28,2. Além do mais, 2,1% da produção foi tida como óleo leve (com API maior ou igual a 31), 92,6% como óleo médio (API maior ou igual a 22 e menor que 31) e 5,3% como óleo pesado (API menor que 22).
As bacias maduras terrestres (campos/testes de longa duração das bacias do Espírito Santo, Potiguar, Recôncavo, Sergipe e Alagoas) foram responsáveis pela produção de 95.385 boe/d, dos quais 73,485 Mbbl/d correspondem ao petróleo e 3,482 MMm³/d correspondem ao gás natural. Da quantidade total de barris de óleo equivalente produzidos por dia, 51 mil foram produzidos pela Petrobras e 44,4 mil ficaram a cargo de concessões não operadas pela empresa, dos quais: 20.424 boe/d no Rio Grande do Norte, 16.475 boe/d na Bahia, 5.979 boe/d em Alagoas, 1.329 boe/d no Espírito Santo e 175 boe/d em Sergipe.
FONTE: Click Petróleo e Gás (CPG)