Previsão para 2024 é de avançar 6,2% nas linhas de montagem, 6,1% nos registros e 0,7% nos embarques.
A queda na exportação, o aumento da importação, as dificuldades de financiamento nos primeiros meses do ano comprometeram a produção de veículos em 2023. A venda oscilou ao longo dos meses e foi beneficiada pelo programa de incentivo do governo federal lançado em junho com benefícios fiscais e pelos bons resultados de dezembro. O ano fechou em alta. O balanço de 2023 da Anfavea (entidade dos fabricantes) mostrou a queda 1,9% na produção de veículos e de 16% na exportação e o avanço de 9,7% na venda.
A produção de 2.324.838 automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus caiu 1,9% na comparação com 2022. Os automóveis e comerciais leves cresceram 1,3% com 2.203.705 unidades. Apenas automóveis foram 1.781.612 e comerciais leves 422.093.
O segmento de caminhões despencou 37,9% com 100.535 unidades. O de ônibus também tombou 35,2% com 20.598 registros. O resultado negativo foi provocado pelos custos mais elevados das novas tecnologias de controle de emissões, adotadas para atender a etapa P8 do Proconve, válida desde janeiro de 2023.
Registros
A média diária em dezembro, de 12,4 mil unidades, o melhor resultado mensal em quatro, puxou as vendas. O resultado foi beneficiado pelas locadoras, que emplacaram 75 mil veículos, 30 mil a mais que a média do ano, e pelas promoções dos veículos elétricos e híbridos antes da volta do imposto de importação.
A venda de 2.308.689 veículos cresceu 9,7% na comparação com 2022. Foram 2.180.230 automóveis e comerciais leves, mais 11,2%. Apenas automóveis foram 1.7212.460 registros, mais 9,2%, comerciais leves 458.830, mais 19,6%.
Comprometida pela compra antecipada e pelo aumento de preços, a venda de caminhões caiu 14,9% com 108.204 registros. O segmento de ônibus teve melhor resultado com salto de 17.7% e 20.435 unidades.
Exportação cai em unidades
O México foi o principal destino das exportações brasileiras, posição que historicamente a Argentina jamais havia perdido. Além da maior presença de produtos brasileiros no México, o mercado local cresceu 24,4% no ano. Os embarques para o México cresceram 51% na comparação com 2022 e para o Uruguai, 5%. Todos os outros mercados caíram, alguns importantes como a Argentina (-16%), Chile (-57%) e Colômbia (-53%).
Em 2023 foram embarcados 403.919 com a queda de 16% na comparação com o ano anterior. O resultado ficou ainda mais longe dos 629 mil veículos de 2018. Em valores, foram U$ 10,814.896 bilhões, mais 3,5% em relação a 2022.
O México recebeu 135.779 veículos, mais 51% sobre o ano anterior, a Argentina, 114.576, menos 16% e a Colômbia, 35.280, menos 53%.
Previsão Anfavea 2024
A projeção da Anfavea para 2024 traz o crescimento de 6,1% nos registros com 2,450 mil unidades, de 6,2% na produção, com 2,.470 milhões de unidades, e de 0,7% na exportação, com 407 mil unidades.
-Temos motivos para acreditar num ano positivo para o setor automotivo brasileiro – comemora o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite.
Além da expectativa de crescimento do mercado interno e da produção, o executivo aponta também a Medida Provisória 1.205 que instituiu o Programa Mover, no final do ano, e válida a partir de 1º de fevereiro deste ano.
-Trata-se uma política industrial muito moderna e inteligente, que garante previsibilidade a toda a cadeia automotiva presente no país e a novas empresas que chegarem, e ainda privilegia as novas tecnologias de descarbonização, os investimentos em P&D e favorece a neoindustrialização -, concluiu”.
FONTE GZH