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Superávit da balança comercial de Minas registra queda de 17,9%

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Os impactos negativos provocados pelo novo coronavírus na economia mundial e as chuvas de janeiro já afetaram as exportações de Minas Gerais. De acordo com os dados do Ministério da Economia, ao longo do primeiro trimestre foi verificado recuo de 13,4% no faturamento gerado com os embarques frente a igual período do ano anterior, somando US$ 5,206 bilhões.

Embora o saldo da balança comercial de Minas Gerais ainda seja superavitário no primeiro trimestre de 2020, fechando em US$ 3,2 bilhões, o valor está 17,9% inferior ao registrado no mesmo período de 2019. Entre janeiro e março, Minas Gerais importou US$ 2,015 bilhões, queda de 6,6%.

As estimativas em relação ao desempenho das exportações mineiras para o restante do ano são cautelosas e a tendência, com a recessão da economia mundial e menor crescimento da China, é de queda da demanda e dos preços das principais commodities, se comparado com o ano passado.

De acordo com o economista da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Izak Carlos Silva, os efeitos do coronavírus afetaram de forma negativa os embarques de Minas Gerais, devido à paralisação das atividades econômicas no país asiático, que é o principal parceiro nas exportações.

Houve queda da demanda e dos preços do minério de ferro, o que também foi prejudicial. Além disso, as chuvas registradas no início do ano prejudicaram a extração de nióbio, importante produto da pauta exportadora que é embarcado principalmente para a China.

“A princípio, caso não ocorra uma nova onda de coronavírus na China e que a pandemia seja controlada até junho, existe uma chance de recuperação de parte das exportações, porém, as mesmas ainda ficarão abaixo do resultado de 2019. A China está retomando a produção, o que é positivo, mas depende do controle da coronavírus no mundo”, explicou Silva.

O movimento de queda verificado no terceiro trimestre também ocorreu quando considerado o mês de março, período em que o saldo da balança comercial de Minas Gerais foi de US$ 1,18 bilhão, valor 7% menor quando comparado com março de 2019. O resultado veio da retração de 5,85% verificada nas importações, com a movimentação de US$ 668,607 milhões e da queda dos embarques em 7% com faturamento de US$ 1,843 bilhão.

A queda no desempenho das exportações, ao longo do primeiro trimestre, se deve a retração verificada no faturamento e volumes embarcados de importantes produtos, principalmente, do minério de ferro e café.

Produtos – De acordo com os dados do Ministério da Economia, os embarques de minério de ferro, feito por Minas Gerais, retraíram 21,8% em faturamento, passando de US$ 1,942 bilhão entre janeiro e março de 2019 para US$ 1,518 bilhão no primeiro trimestre de 2020.

Em volume, a queda chegou a 35,6%, com o embarque de 22,573 milhões de toneladas de minério de ferro, ante os 35,062 milhões embarcados no primeiro trimestre de 2020.
As remessas de café ao mercado internacional também caíram em quantidade e faturamento.

O Estado embarcou 392,8 mil toneladas ou 10,5% a menos em volume no acumulado até março diante do mesmo período do exercício passado. A comercialização do grão com o mercado externo somaram US$ 912,437 milhões, contra US$ 989,171 milhões, queda de 7,7%.

De acordo com o doutor em Economia e professor do Ibmec Paulo Pacheco, a queda verificada nos embarques mineiros vem sendo sentida desde janeiro, quando começaram os primeiros casos de coronavírus na China. Com o agravamento da situação, a instalação de isolamento social e o fechamento de indústrias e empresas, a demanda e os preços das principais commodities retraíram.

Tendência – A tendência é que parte da demanda seja retomada na China, principal comprador de minério de ferro de Minas Gerais. Apesar da estimativa de maior procura, os impactos negativos da pandemia no mercado mundial irá frear a recuperação dos preços e segurar a demanda em níveis menores que os vistos em 2019.

“Mesmo a China voltando a consumir, ela vai demandar menos minério de ferro do que consumia antes. Isso porque haverá um crescimento menor da economia chinesa, que deverá ser de 5% no ano. Como maior cliente, somente uma demanda menor vinda da China já provocaria queda de preço porque a necessidade de produto já caiu. Além disso, existe a recessão da economia mundial, o que também afetará o consumo mundial”.

Queda também foi verificada nos embarques de nióbio, que também tem a China como principal destino. Entre janeiro e março, o faturamento com os embarques caiu 21,7% e somou US$ 324,8 milhões. O volume destinado ao mercado externo foi de 15,160 mil toneladas, 19,9% inferior. Além da queda na demanda, as chuvas de janeiro prejudicaram a extração e, com isso, os volumes embarcados.

“Se não houver uma nova onde de coronavírus na China, a tendência é que a demanda pelo nióbio aumente nos próximos meses”, disse o economista da Fiemg.

Com a crise mundial provocada pelo coronavírus e as incertezas em relação aos rumos do mercado, o ouro, que é utilizado como mecanismo de redução de risco por bancos centrais e investidores apresentou alta em volume e valor exportado. No primeiro trimestre foram exportadas 9,730 toneladas do metal precioso, volume 3,7% maior. Já em receita, a alta ficou em 13,05%, com a movimentação de US$ 375,989 milhões.

FONTE: Diário do Comércio

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