Cidade é a 6ª maior exportadora de Minas Gerais; balança comercial da cidade ficou com superávit de US$ 384,63 milhões.
A balança comercial de Uberlândia fechou o primeiro quadrimestre de 2022 com um superávit de US$ 384,63 milhões. Segundo dados do Governo Federal, através do Comex Stats, de janeiro a abril deste ano, as exportações na cidade superaram os US$ 460,55 milhões, um aumento de 73,1% em relação ao mesmo período de 2021. Com isso, o município é o 6º maior exportador de Minas Gerais, responsável por 4,2% de todo valor negociado do estado.
Entre os produtos que mais contribuíram para os números está a soja, com 84% do valor total arrecadado nos primeiros quatro meses de 2022. Além disso, o grão é responsável por quase 90% de toda exportação da cidade.
Segundo o economista César Piorski, a exportação brasileira é concentrada nos produtos primários, como a soja, e o principal comprador é a China. “A soja em grãos é carro-chefe e o maior comprador é a China. Tem outros países, mas o grande comprador são os chineses”.
Contudo, de acordo com César, a China diminuiu a demanda por soja nos últimos tempos, mas mesmo assim, o Brasil continua exportando o grão. “O Brasil aumentou o volume de exportação e Uberlândia foi nessa esteira. Isso sugere que o país ocupou o espaço de algum país que exportou menos no período”, disse o economista.
Para 2022, a expectativa é que o valor total de exportações chegue ao que foi registrado no ano passado, quando as vendas ultrapassaram US$ 800 milhões em Uberlândia. O montante foi considerado um recorde para a cidade.
IMPORTAÇÃO
Já na outra ponta da balança comercial, Uberlândia recuou 21,8% nas importações no primeiro quadrimestre deste ano. Enquanto em 2022 foram US$ 75,92 milhões, 2021 foi de aproximadamente US$ 97,08 milhões.
No ranking de importação do estado, Uberlândia ficou na 14ª posição, representando 1,6% de participação. Já em âmbito nacional, a cidade é a 175º do país que mais importou, contribuindo com 0,09% nos negócios. Entre os produtos mais importados por Uberlândia estão: 19,1% são de carne bovina, 8% de misturas de substâncias odoríferas e 7,6% de arroz.
O economista César apontou que a queda nas importações segue uma tendência nacional de desvalorização da nossa moeda, o que encarece os produtos.
“Política econômica interna baseada na forte desvalorização do real, o que encarece as importações. A mesma política que desvalorizou o real, teve como efeito uma inflação interna elevada, o que diminui o poder de compra do consumidor, reduzindo a demanda pelos bens importados. Também tem a logística internacional desconfigurada, dado os efeitos da pandemia, com a China fechando seus portos recentemente”.
FONTE: Diário de Uberlândia
